O Senado brasileiro, que por ocasião do 40º aniversário da morte do sanguinário guerrilheiro comunista Che Guevara prestou-lhe comovidas homenagens, tem-nas agora reservadas para algumas figuras femininas “que se destacaram pelo seu trabalho em prol dos direitos da mulher e questões de gênero em diversas profissões”. Elas serão agraciadas, no dia 11 de março, com o “Diploma Mulher-Cidadã Bertha Luz 2008”.

Pelo menos três dentre as cinco escolhidas pelo Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Luz, num total de 75 candidatas, são conhecidas militantes de iniciativas que colidem com os mais entranhados valores da moral. São elas: Jandira Feghali, Rose Marie Muraro e Mayana Zatz.

Também pudera, o Conselho que as escolheu, composto por oito senadores, é presidido por uma petista, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), e tem por vice-presidente um comunista, o senador Inácio Arruda (PC do B-CE). Ambos, portanto, com credenciais ideológicas bem conhecidas no que se deve entender por direitos da mulher! As duas outras escolhidas foram a gaúcha Alice Editha Klausz, ex-aeromoça da VARIG, graduada em Direito e Biblioteconomia, e Maria dos Prazeres de Souza, presidente da Associação de Parteiras de Jaboatão dos Guararapes (PE).

Como se sabe, a médica Jandira Feghali é conhecida militante pró-descriminalização do aborto. Candidata a senadora pelo Rio de Janeiro com vitória aparentemente já assegurada, perdeu as eleições devido a uma campanha de divulgação maciça de folhetos que denunciavam ao grande público sua posição favorável ao aborto. A isso se somou a malograda perquirição que, a pedido dela, a justiça mandou fazer na própria residência do Cardeal do Rio de Janeiro, à procura de exemplares dos referidos folhetos.

Rose Marie G. Muraro é uma antiga ativista da esquerda católica. Trabalhou na Editora Vozes, onde publicou obras e fez palestras abordando o tema da libertação sexual da mulher. Membro e fundadora do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, na década de 80 ela foi desligada da Vozes por ordem do Vaticano, por causa do livro Sexualidade, Libertação e Fé: Por uma Erótica Cristã, que escreveu em colaboração com diversos teólogos. Em virtude da lei 11.261/06, ela foi declarada Patrona do Feminismo Brasileiro.

Menos conhecida pelo público que as anteriores, porém não menos ativa, Mayana Zatz é, além de outras credenciais, professora titular de genética humana e diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano do Instituto de Biociências da USP. Dra. Mayana é pró pesquisa com células-tronco embrionárias que tem como conseqüência a destruição de seres-humanos em sua forma embrionária.

(Os dados para este artigo foram extraídos da Agência Senado – 15/02/2008)

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