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Urgente: Audiência Pública sobre a Ideologia de Gênero na Câmara de São Paulo

Ideologia de Gênero será tema na Audiência Pública desta terça-feira, 2 de junho, às 12 horas, na Câmara de São Paulo. Compareça para protestar contra a inclusão da Ideologia de Gênero no Plano de Educação da Cidade de São Paulo.


Abortos diminuem e ocasiona o fechamento de 70% de clínicas da morte nos EUA

Segundo o Center for Disease Control, os números de assassinatos por aborto nos EUA estão em franca queda: de 2009 a 2011 eles diminuíram 5%, o maior declínio ocorrido na última década, informou a agência LifeNews.


Novelas: a “educação” de sua família feita por uma rede de televisão

Pesquisas demonstram como novelas moldam a sociedade brasileira. Foram realizados dois estudos com base em 115 novelas exibidas às 19hs e às 20hs, pela Rede Globo, entre 1965 e 1999, sendo a primeira “Rosinha do Sobrado” e a última “Vila Madalena”.


Artigos


Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2008

Juventude conservadora

Gregório Vivanco Lopes

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Os dados de recente pesquisa conduzida pelo Datafolha podem parecer surpreendentes para quem está habituado aos parâmetros difundidos pelos jornais, pela TV, pelo rádio, enfim pelos meios de comunicação. Mas eles correspondem à realidade que vemos em torno de nós, sempre que não nos deixamos impressionar desmesuradamente pelas aparências.

A pesquisa foi publicada sob o título Jovem, século XXI, em caderno especial da “Folha de S. Paulo”, em 27-7-08. Antes de entrarmos no concreto da pesquisa, convém esclarecer o que nela se deve entender por “conservador”.

A Revolução da Sorbonne foi um marco

É claro que o jovem de hoje, se comparado com o dos anos 50 e 60, veste-se de modo mais extravagante e imoral, usa um palavreado adulterado e mesmo corrompido, tem hábitos mais revolucionários de modo geral. Como então chamá-lo de conservador? Não é um contra-senso?

Essa objeção tem importantes laivos de veracidade, se nos detivermos na superfície dos fatos. Mas cumpre ao ser humano, racional que é, não se contentar com o que aparece à primeira vista e procurar aprofundar. Vamos, pois, arranhar essa camada primeira da realidade, para ver o que encontramos mais no fundo.

Sobretudo a partir da Revolução da Sorbonne, em maio de 1968, a juventude foi alvo de uma propaganda intensa e ininterrupta, poder-se-ia dizer alucinante, que buscou demolir nela tudo quanto ainda conservava de ordenado, de costumes tradicionais, de louçania juvenil. E isto para fazer dos jovens um instrumento privilegiado da rebeldia contra os superiores, da repugnância pela vida em família, do desprezo por toda forma de propriedade privada, difundindo o horror ao passado, a libertinagem mais desvairada, a aceitação do monstruoso e do contrário à natureza.

Músicas cacofônicas, danças delirantes, pressão para usar anticoncepcionais, aborto, promiscuidade de sexos, novelas corruptoras; professores, livros didáticos e currículos escolares ensinando a perversão; até práticas satânicas –– nada foi poupado por essa máquina infernal para deformar a mentalidade dos jovens e fazer deles seres mais abjetos que um hippie ou um punk.

O resultado entretanto ficou longe, e até muito longe de ser proporcionado à avalanche e ao impacto dos meios empregados para corromper. É verdade que o mimetismo, ocasionado pelas modas e pela pressão da mídia, levou a imensa maioria dos jovens a apresentar um exterior revolucionário, a utilizar roupas e linguagem degradada, e mesmo a adquirir hábitos viciosos. Mas em numerosos e importantes pontos, contra toda a expectativa, o jovem resistiu e não se dobrou. Continuou fiel ao ideal de família (muitas vezes, mesmo quando sua família se desfazia por efeito do divórcio e outras pragas), fiel à importância de progredir na vida com base na propriedade privada, e saudoso das tradições, que abandonava a contragosto por imposição do ambiente.

Em que sentido o jovem de hoje é mais conservador?

Ao contrário da geração hippie dos anos 60, uma porcentagem grande dos jovens brasileiros de hoje...

De modo que, feito um balanço global, pergunta-se: é certo que o jovem dos anos 50 e 60 era mais conservador que o desta primeira década do novo milênio? A resposta, se objetiva, tem que ser: “é preciso distinguir”.

É claro que, 60 anos atrás, os jovens estavam mais proximamente ligados a hábitos ainda vivos do passado, moviam-se num ambiente mais conservador, recebiam apoios mais explícitos para viver na normalidade. Mas eles não haviam sido submetidos ainda ao bombardeamento moral e psicológico desencadeado a partir de 1968. Em boa medida, eles próprios foram protagonistas dessa revolução e aderiram às mudanças e à rebeldia. O jovem de hoje, pelo contrário, passou por esse bombardeamento e resistiu a ele em grau considerável. E em diversos pontos tem anseios de voltar atrás.

De modo que, considerado o caminho percorrido, é certo que o jovem de hoje está situado mais adiante na linha da Revolução do que o das décadas de 50/60. Porém, se considerarmos o fundo de alma e as resistências opostas ao processo revolucionário, o jovem de hoje é mais conservador — e a pesquisa do Datafolha o confirma.

Razões naturais e sobrenaturais

...é contra a descriminalização da maconha e a liberação do aborto

Caberia indagar as razões de tal fenômeno, tão surpreendente. Não é o caso aqui de fazer um estudo de sociologia nem de psicologia. Por isso, esboçamos apenas duas causas, a serem aprofundadas oportunamente: uma de ordem natural e outra sobrenatural.

Como causa natural, convém reconhecer que o processo revolucionário correu demais, queimou etapas, e desse modo levantou contra si resistências e oposições que não esperava. Mas parece não ser suficiente só isso para explicar a amplitude e a força do fenômeno. De onde somos levados a nos perguntar se não houve também uma ação da graça, obtida de Deus pela Virgem Santíssima, com o fim de começar a preparar as almas para as grandes conversões que devem ocorrer quando dos acontecimentos — terríveis, mas misericordiosos — previstos em Fátima no ano de 1917. Pois o triunfo do Imaculado Coração de Maria, anunciado naquela ocasião, só poderá ter alcance social e mundial se for também e fundamentalmente um triunfo nas almas.

Isto posto, está mais do que na hora de passarmos aos dados da pesquisa que ilustram o que acima ficou dito.

Os dados da pesquisa “Jovem, século XXI”

Quando o assunto é confiança ou amor, é mesmo a mãe a figura mais lembrada

"Perfil é inédito no Brasil: foram feitas 120 perguntas para 1.541 jovens (entre 16 e 25 anos) em 168 cidades do País. O resultado é a mais completa pesquisa do século, [...] o mais completo perfil do jovem brasileiro neste século 21. [...] Se refere a todas as classes sociais. A cobertura é nacional, incluindo capitais e cidades do interior de todos os estados.

“A primeira constatação da pesquisa é simples: cai por terra o clássico imaginário do jovem contestador, rebelde, engajado, participativo, etc. O jovem brasileiro quer emprego. Seus maiores sonhos são materiais: realização profissional, comprar imóvel e veículo e ficar rico. Seus principais valores são família, saúde, trabalho e estudo. E nem em temas polêmicos como descriminalização da maconha ou liberação do aborto eles se descolam do resto da população brasileira”.

“Ana Paula Oliveira, 22, diz que a família é a coisa mais importante de sua vida; depois, o trabalho, que paga sua faculdade. [...] Como 72% da juventude brasileira, ela acha que a maconha não deveria ser descriminalizada. Fernanda Lima, 18, é contra a descriminalização do aborto e a pena de morte e a favor da redução da maioridade penal. Ela faz curso de produção cultural na Cufa (Central Única das Favelas): ‘Esse mundo já está muito perdido, muita liberação vai acabar estragando’, acredita. Apesar de ter opinião semelhante ao restante da população sobre temas polêmicos, a juventude brasileira é mais escolarizada e politizada. Quase metade (47%) dela diz acompanhar o noticiário político e 37% se diz de direita, contra 28% de esquerda”.

“Os jovens brasileiros fazem uma boa avaliação de seus professores e dão a eles, de zero a dez, uma nota média 8,1. Para a maioria (71%), o que se aprende na escola tem muita utilidade em suas vidas. O percentual é ainda mais alto entre jovens das classes D e E.

Consumismo — “Os pais já perceberam e reclamam. Mas agora é a vez de os próprios jovens admitirem: ‘Somos consumistas mesmo!’”.

Mães — “Quando o assunto é confiança ou amor, é mesmo a mãe a figura mais lembrada. Ao pedir que jovens tentassem traduzir, numa escala de zero a dez, o amor que sentem por cada um dos familiares, o Datafolha verificou que as mães receberam média 9,7. No quesito confiança, a média é 9,4. As médias para pais, irmãos e avós também foram altas, mas sempre abaixo da das mães. 37% de jovens disseram concordar totalmente com a afirmação ‘minha mãe é minha melhor amiga e eu conto tudo para ela’. Carla, por exemplo, deu 11 para a pergunta ‘de zero a dez, quanto você ama sua mãe?’”

Aborto — “Trinta e três em cada cem jovens brasileiras conhecem alguém que fez aborto, mas só 4% admitem ter recorrido ao procedimento. Também chama a atenção o percentual maior de abortos entre mulheres com renda familiar superior a dez salários mínimos: 9%”.

Morte — “Em mais uma ironia da história das ilusões sobre os jovens, de 1968 ou de 2008, moças e rapazes disseram que seu maior medo é mesmo o da morte. O medo da morte representou 40% das respostas ao Datafolha. Violência é o terceiro maior medo, mas foi citado por apenas 13%. Dos jovens, 26% dizem ter "muito medo" de sair de casa (18% no caso dos rapazes, 33% no caso das moças). O medo de não encontrar trabalho é maior entre os que têm curso superior”.

Sonhos — “Com o que sonha um jovem brasileiro? O ‘maior sonho’ dos jovens ouvidos pelo Datafolha é ‘trabalhar/formar-se’ numa profissão (18%). Ter uma casa, terminar os estudos e fazer família são as outras aspirações maiores. ‘Sucesso profissional/na carreira’ ou apenas ter um bom emprego (fixo, com carteira, numa boa empresa, com bom salário) ocupam o segundo lugar dos maiores sonhos dos brasileiros entre 16 e 25 anos, com 15% das respostas.

“Os mais jovens, de 16 e 17, previsivelmente, sonham em se formar em determinada profissão: é o ‘maior sonho’ para 34% deles. Para os mais adultos, de 22 a 25 anos, a resposta deriva mais para a realização profissional, ‘sonho maior’ para 17% dos entrevistados.

“Porém, para a faixa de 22 a 25 anos, a resposta mais freqüente é ‘ter casa/uma boa casa’ (22%). No caso das moças de 22 a 25, esse é o sonho maior para 28% (16% no caso dos rapazes); constituir uma família e cuidar bem dela é o maior sonho para 10% dos entrevistados. ‘Fazer faculdade/terminar os estudos’ é o maior sonho de 20% das meninas de 16, 17 anos e para 9% dos meninos. ‘Ficar rico/ter dinheiro/comprar coisas’ é o sonho maior para 13% dos rapazes.

“Os sonhos variam pouco entre as classes de renda, educação ou região onde moram os entrevistados. Os mais pobres sonham um pouco mais em ter casa; os mais instruídos sonham um pouco mais com realização profissional”.

Religião — “39% de jovens declararam se organizar em igrejas”.

Análises

Sucesso profissional, ou apenas ter um bom emprego, ocupam o segundo lugar nos maiores sonhos dos brasileiros entre 16 e 25 anos

O caderno especial publica também algumas análises da pesquisa. Seguem excertos:

Para André Lobato, “o jovem brasileiro de hoje dá mais valor a religião, estudo, trabalho e família do que há dez anos e pensa de forma muito parecida com o restante da população sobre a descriminalização da maconha, a redução da maioridade penal, a pena de morte e a lei do aborto. Para especialistas, ele tem poucos conflitos com a geração anterior, gosta de se divertir e se preocupa com a inserção social pelo trabalho”.

Para Contardo Calligaris, “a pesquisa de hoje mostra que os adolescentes se preocupam sobretudo com família, saúde, trabalho e estudo. Seu maior sonho é a realização profissional — não empreendimentos fantasiosos, mas o devaneio de qualquer mãe de classe média: ser médico, advogado ou encontrar um bom emprego que lhes garanta casa própria e carro. Em matéria de política, a maioria se posiciona à direita ou ao centro e não tem interesse em participar de movimentos sociais. Eles têm opiniões parecidas com as da média nacional: são contra a legalização do aborto, contra a descriminalização da maconha e a favor da diminuição da maioridade penal. Sobre a pena de morte, estão divididos meio a meio. Quanto às drogas, espantalho dos pais, eles preferem a que os adultos se permitem, o álcool. Cúmulo para quem imagina que os adolescentes sejam contestatários: em sua maioria, eles acham que o que aprendem na escola é de grande utilidade para o futuro. A surpresa da pesquisa de hoje não está nos resultados, mas no nosso susto ao lê-los: ainda acreditávamos numa visão cinematográfico-literária da adolescência. Ou seja, supúnhamos que os adolescentes fossem insubordinados e visionários”.

Para André Forastieri, “o jovem brasileiro quer saúde, quer estudar e ganhar dinheiro. Quer ser feliz no trabalho e no amor e quer ir para o céu quando morrer. Parece bom e parece pouco. Nesses valores pragmáticos se igualam classes de A a E, brancos e mulatos, manos e minas. A pesquisa Datafolha dá voz a uma geração pé-no-chão. 81% acham a religião importante, [...] 50% a favor da pena de morte; 35% admitem a tortura”.

A mídia e os políticos

Ainda sobre a pesquisa, seguem abaixo excertos do comentário do jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog, ligado à revista “Veja”.

“Mais uma vez, constata-se o óbvio: há um enorme hiato entre o que pensa o conjunto da população — e, nela, sua fatia mais pretensamente inquieta [os jovens] — e os vários canais que vocalizam a opinião pública. Não, senhores! Não temos a imprensa que representa os valores que vão acima: a nossa, com as exceções de praxe, é majoritariamente ‘politicamente correta’ e experimenta um verdadeiro divórcio em relação ao pensamento da maioria.

“Tais opiniões [dos jovens] são verdadeiramente demonizadas pela patrulha politicamente correta do jornalismo. No que respeita aos costumes, temos uma imprensa de esquerda e um povo de direita.

“O povo, como se vê, não tem receio de ser ou de parecer de direita, mas os políticos evitam tal ‘estigma’ — ou, mais apropriadamente ainda, fogem da palavra ‘direita’ como o diabo foge da cruz — e acabam se alinhando com... o diabo, hehe. Vejam como é freqüente que lideranças se digam “de esquerda” sem qualquer vergonha, mas jamais de direita — quando muito, são todos de centro-esquerda... Será que temem o povo? Não! Temem o jornalismo politicamente correto. Líderes conservadores, mundo afora, tiveram a coragem de enfrentar a hegemonia esquerdista. No Brasil, até agora, todos se ajoelham no altar da hipocrisia”.

Fonte:
Revista Catolicismo



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