Ideologia de Gênero será tema na Audiência Pública desta terça-feira, 2 de junho, às 12 horas, na Câmara de São Paulo. Compareça para protestar contra a inclusão da Ideologia de Gênero no Plano de Educação da Cidade de São Paulo.
Segundo o Center for Disease Control, os números de assassinatos por aborto nos EUA estão em franca queda: de 2009 a 2011 eles diminuíram 5%, o maior declínio ocorrido na última década, informou a agência LifeNews.
Pesquisas demonstram como novelas moldam a sociedade brasileira. Foram realizados dois estudos com base em 115 novelas exibidas às 19hs e às 20hs, pela Rede Globo, entre 1965 e 1999, sendo a primeira “Rosinha do Sobrado” e a última “Vila Madalena”.
Quinta-Feira, 12 de Agosto de 2004
COMO SE FAZ UM ABORTO
Ives Gandra Martins
Advogado
OPINIÃO
Assisti a um programa de televisão em que a obstetra, Dra. Marli Virgínia
Lins e Nóbrega, ao falar do sofrimento do feto ou do bebê já formado,
durante o abortamento, lembrou que, em alguns países, já se estuda
a possibilidade de anestesiá-los, antes da prática do ato, para
que não sofram tanto, quando lhes for tirada a vida. No referido programa da Tribuna Independente, da Rede Vida,
os pais de uma criança anencéfala - que não optaram pela antecipação
da morte de seu filho, e sim por deixá-lo nascer e viver algumas horas
- depuseram relatando que acompanharam o desenvolvimento da criança,
por ultra-som, no ventre materno, e que seus gestos demonstravam, ao passar,
nos primeiros meses de vida, as mãozinhas pela cabeça, de que
sentia a perda gradativa ou a má formação de seu cérebro. Bernard Nathanson, em seu livro “The hand of God”, arrola as técnicas
utilizadas para tirar a vida de seres humanos no ventre materno. Como médico,
ele próprio dirigiu pessoalmente por volta de 75.000 abortos, nos Estados
Unidos. Chegou a provocar o aborto de um filho seu, concebido em relação
que mantivera com aluna do 5º ano da Faculdade de Medicina. Começou
a repensar o assunto em 1974, percebeu que era um homicida de crianças,
arrependeu-se e passou a ser, então, um defensor da vida. No oitavo capítulo de seu livro, refere-se, entre os métodos
abortivos, ao sistema de aspiração, introduzido por Bykov, em
1927, e difundido no mundo inteiro, como forma de extermínio em
massa de nascituros. Conta, inclusive, um episódio que acompanhou, por ultra-som, de aplicação
do método da aspiração (sugar o feto), por uma equipe
médica americana. No momento em que o aspirador foi introduzido no útero
materno, o feto procurou desviar-se e seus batimentos cardíacos quase
dobraram, quando o aparelho o encontrou. Assim que seus membros foram arrancados,
sua boca abriu-se, o que deu origem ao título de um outro estudo seu: “O
grito silencioso”. No método de corte, utilizado nas décadas de sessenta e setenta
para interromper a gravidez no início da gestação, um
raspador é introduzido para separar o feto e cortá-lo em pedaços,
provocando grande hemorragia na mãe. O médico tem que ter o cuidado
de verificar se nenhuma parte do nascituro fica no ventre materno, para não
provocar uma infecção. No método da injeção com substância salina, injeta-se
o veneno no feto quase sempre com mais de 18 semanas, e este leva mais de uma
hora para morrer, expelindo a mãe um filho morto por envenenamento,
em torno de 24 horas depois. Já menos usado é o processo de queimar o nascituro, como se fosse
atingido por uma bomba de “napalm”. Falar, portanto, em aborto de forma “neutra”, sem examinar a dor
inflingida ao nascituro, é querer, como a avestruz, ignorar a realidade,
ou seja, que o aborto é uma forma de pena de morte, com a utilização
de métodos sangrentos e desumanos. Tais métodos são até mais
violentos que os empregados para a execução de seres humanos
já nascidos, como, por exemplo, o fuzilamento, em que o condenado morre
de imediato, ao passo que o sofrimento do nascituro, até morrer, é muito
maior. No caso dos anencéfalos, em que a autorização para a realização
do aborto – segundo decisão do meu caríssimo amigo e brilhante
jurista, Ministro Marco Aurélio de Mello - pode ser dada até o último
dia da gravidez, está-se perante a seguinte absurda situação:
matar a criança no ventre materno, em momento anterior ao parto, é permitido,
não sendo tal ato de eliminação da vida considerado crime.
Já matar o anencéfalo um minuto depois do nascimento, é proibido
e o ato é considerado criminoso... José Renato Nalini, Presidente do Tribunal de Alçada Criminal
de São Paulo, no programa “Caminhos do Direito e da Economia”,
promovido pela Academia Internacional de Direito e Economia - da qual o eminente
Ministro Marco Aurélio de Mello é um dos mais destacados acadêmicos
- mostrou que, nos casos de aborto legal –para ele e para mim a lei penal
não foi recepcionada pela Constituição de 1988, que garantiu
o direito à vida sem exceções--, a interrupção
da gravidez, teoricamente, pode ser realizada a qualquer momento, durante os
nove meses de gestação, dependendo, exclusivamente, da decisão
da mãe. O que vale dizer, a mãe está, inclusive, autorizada
a realizar uma cesariana e a jogar o indesejado bebê no lixo, para ali
morrer abandonado, tal como ocorre nos abortários
americanos. Um último aspecto é de se realçar. A anencefalia pode
ser parcial ou total, de tal maneira que, mesmo com os mais modernos equipamentos
não é possível garantir 100% de precisão diagnóstica
o que, de resto, acontece em todos os exames que dependem da habilidade do
profissional que os realiza e elabora o laudo médico. Segundo o depoimento
de uma aluna minha, em seu caso, foi diagnosticada a anencefalia, e esse diagnóstico,
felizmente, estava errado. Trago o assunto, novamente, à minha coluna quinzenal, não só para
responder às muitas das cartas de apoio e de críticas que recebi,
mas, fundamentalmente, para reflexão dos 11 cidadãos brasileiros
que decidirão se entre as grandes conquistas da civilização
moderna está a permissão para transformar o ser humano em lixo
hospitalar.
Nos abortos em que a criança já tem cerca de 1 Kg, o método
aconselhado é a cesariana, e depois – como ocorre nos abortários
americanos— deixa-se a criança morrer, numa lata de
lixo, apesar de ter nascido viva.
Nenhum método elimina a dor do feto ou do bebê, razão pela
qual, como relatou a Dra. Marli, nos países que permitem o aborto, já se
fala em anestesiar os nascituros antes de dar execução à morte
programada. Em muitos deles há um forte movimento para
eliminar a lei permissiva.
Ives Gandra da Silva Martins (ivesgandra@gandramartins.adv.br), professor emérito da Universidade Mackenzie e da Escola de Comando e Estado- Maior do Exército, escreve nesta página às quintas-feiras, de 15 em 15 dias
Fonte:
http://jbonline.terra.com.br/
Receba as atualizações deste site em seu e-mail
Comentários (0) | Fazer comentário |
Ainda não há comentários a este artigo. |
Abortos diminuem e ocasiona o fechamento de 70% de clínicas da morte nos EUA
Novelas: a “educação” de sua família feita por uma rede de televisão
40ª MARCHA CONTRA O ABORTO — em Washington mais de 500 mil participantes!
Jovem mãe italiana morreu de câncer para dar a luz o filho
Nota de pesar pelo passamento de Dom Bergonzini
Vídeo: proteste contra o novo Código Penal. Diga NÃO à cultura da morte
Anápolis votará supressão do aborto em sua Lei Orgânica
Novo Código Penal ameaça favorecer a causa abortista
Projeto de Lei no Uruguai visa liberar aborto em casos de deformações e síndrome de Down
Médicos contra o aborto na Argentina
La Nación pressiona Cristina Kirchner para se manifestar contra o aborto
Juíza alerta para a crise de autoridade na família