TRIBALISMO INDÍGENA
30 anos depois


08/03/2009

Nelson Ramos Barretto

Luta de classes retomada pela luta de raças

Como foi possível ao Brasil — plasmado pela miscigenação, propenso à harmonia social, e onde durante séculos imperaram a concórdia e a bondade — tornar-se palco de confrontação tão odiosa e violenta entre irmãos? Não será essa situação revolucionária de confronto criada de caso pensado, para gerar conflitos duradouros em todo o território nacional? A quem aproveita a desavença entre nós?

Nemo summum fit repente (nada de importante ocorre de repente). Tal conflagração indígena é fruto de um processo que vem sendo insuflado há mais de 30 anos, visando a transformação gradual dos pacíficos silvícolas em massa de manobra revolucionária, a fim de abalar o Brasil tradicional e cristão e estabelecer quistos socialistas, coletivistas e comunotribais por todo nosso imenso território. Trata-se, com efeito, de uma nova faceta do comunismo metamorfoseado para a sociedade brasileira.

Numa segunda etapa, as mesmas forças revolucionárias passariam a lutar pela constituição de grandes nações indígenas, como a reserva ianomâmi no estado de Roraima, junto à fronteira com a Venezuela, ou a nação guarani, fronteiriça ao Paraguai.

Caso não haja reversão nesse caminho, nosso País retornará à barbárie através dos religiosos do Conselho Indigenista Missionário (vinculado à CNBB). Nos primórdios do Brasil, coube aos indômitos missionários católicos, como Nóbrega e Anchieta, plasmar nossa civilização; passados 500 anos, neomissionários surgem com doutrina oposta, para desfazer até as suas raízes a obra de heróis e santos. Triste paradoxo!


Mato Grosso do Sul:
direito de propriedade
revogado por decretos


Aldeia indígena Sassoró, Tacurí/MS — A administradora da Funai de Mato Grosso do Sul, Margarida de Fátima Nicolete, participa do Aty Guassu (Grande Reunião), que marca o início dos trabalhos para demarcação das terras indígenas Guarani-Kaiowá, na região sul do estado.

Todas as regiões do Brasil já estão afetadas pelo problema indigenista. A questão da reserva Raposa/Serra do Sol servirá de paradigma para toda a política indigenista que vem sendo aplicada no País. A pressa e a radicalidade do governo Lula e da FUNAI não encontram obstáculos nesse sentido. O direito de propriedade continua sendo revogado por decretos. Sai uma portaria, em seguida surgem os antropólogos da FUNAI ou das ONGs para confirmá-la, tal como fora concebida no laboratório.

As autoridades do estado do Mato Grosso do Sul manifestaram surpresa e preocupação com as portarias editadas pela FUNAI, de números 788 a 793, todas de 10 de julho de 2008, publicadas no “Diário da União” de 14 de julho de 2008. Reunidas em assembléia com o governador, elas manifestaram profunda indignação e repúdio aos referidos atos administrativos, ao mesmo tempo em que apontaram as suas graves conseqüências:

*Conflito entre índios e não-índios e agravamento da questão social, impactando diretamente a vida de 700 mil brasileiros (índios e não-índios habitantes da região a ser identificada) e dos demais cidadãos da população sul-matogrossense (um milhão e quinhentos mil).

*Envolvimento indevido das áreas dos 26 municípios mencionados que não se caracterizam como áreas indígenas, contrariando o preceituado no art. 231 da Constituição Federal de 1988.

*Prejuízo para a economia do estado do Mato Grosso do Sul, com eventual e descabida perda de um terço de sua área, restando apenas 12 milhões de hectares economicamente aproveitáveis de um total de 35 milhões.

*Riscos à soberania nacional e perda de território brasileiro, envolvendo mais de mil quilômetros de fronteira com a República do Paraguai.

E terminavam as mencionadas autoridades requerendo urgência na revogação dessas portarias.

A reação na Câmara dos Deputados foi imediata. Um requerimento de autoria do deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS), convocando o presidente da FUNAI, Márcio Meira, foi aprovado em 24 horas. O requerimento pede explicação perante a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados sobre o levantamento antropológico das áreas de 26 municípios do estado do Mato Grosso do Sul.

A preocupação dos deputados é evitar que ocorram em Mato Grosso do Sul situações semelhantes às registradas em Roraima, Mato Grosso e Santa Catarina. O deputado Dagoberto Nogueira afirmou que a demarcação vai prejudicar a economia do estado: “A área proposta é o filé mignon do estado, é tudo área produtiva, altamente produtiva. Vai ser tudo terra indígena. Houve desvalorização. A terra que valia R$ 12.000 o hectare, hoje vale R$ 3.000”. Acrescentou que lá não há índios suficientes para isso, e esclareceu: “Estão trazendo índios guaranis do Paraguai para aumentar o contingente das aldeias”.

*     *     *

As terras indígenas já representam 13% do território nacional ou 1,1 milhão de quilômetros quadrados para uma população estimada em 250 mil silvícolas na área rural! Ou seja, o dobro da área da França, ou mais de quatro vezes o território do estado de São Paulo.


Arco Norte

Áreas indígenas no chamado Arco Norte, que envolve a Amazônia nos limites de nossas fronteiras. Do lado de lá vivem índios da mesma etnia, que certamente se unirão na demanda da formação de uma única “nação”.


Cué-Cué Marabitanas

Depois das “nações” Ianomâmi, Raposa-Serra do Sol e Guarani, está sendo gestada uma nova nação –– a Cué-Cué Marabitanas – pelo CIMI, pela FUNAI, governos, sociólogos e antropólogos de diversas partes do mundo.

Mato Grosso do Sul – Área que se deseja atribuir aos guaranis-kaiowás, engolindo 28 municípios na parte mais rica e desenvolvida, que é o sul do estado.

A distribuição dos povos indígenas no Brasil (mapa à direita). A vigorar a tendência de amplas áreas para poucos índios, o que restará do País?

*     *     *

Mapas que impressionam

Cinco mapas mostram a que dimensão chega a revolução comuno-indigenista que toma conta do Brasil, especialmente em nossas fronteiras.

Publicados separadamente, eles nos revelam até onde querem nos conduzir o Conselho Indigenista Missionário (ligado à CNBB), o Conselho Mundial das Igrejas e diversos governos estrangeiros, além de milhares de ONGs nacionais e internacionais.

Tais iniciativas representam a nova face do comunismo e do anarquismo. O que está em jogo é o Brasil. Ou ele trilha as sendas benditas da Civilização Cristã, ou será entregue à barbárie, objetivo último dos religiosos do CIMI. Essa vem sendo a triste perspectiva indigenista para o País. Na questão da Raposa/Serra do Sol a ser julgada no STF, o que estará em jogo é o embate entre duas civilizações diametralmente opostas.

Onde há minério, há reserva de índio

O quadro à esquerda retrata o mapa do estado de Roraima. Atente-se para a seguinte coincidência...

As partes em retícula são as reservas generosamente demarcadas para alguns poucos índios.

E os pontinhos vermelhos? Serão tribos indígenas? Malocas étnicas? Não! São reservas de minérios como nióbio, tântalo, ouro, urânio, tório e d

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Veja:
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