Nuno Álvares Pereira


26/05/2009

Plinio Corrêa de Oliveira

No dia 26 deste mês, o Santo Condestável de Portugal(*) será canonizado. A este propósito, transcrevemos trecho de uma palestra do Prof. Plinio, proferida em 6-11-64.

 São tantas as razões para venerarmos de modo especial o bem-aventurado Nuno Álvares Pereira (1360–1431), que seria difícil enumerá-las todas. Uma delas deve-se mencionar por justiça: como santo português, ele tem uma relação evidente conosco.

Na Europa, Portugal ocupa um grande e autêntico lugar de honra. Só uma pessoa muito insensível à civilização cristã poderia ir a Portugal sem perceber todo o charme, todo o encanto do passado católico português. São tantos os seus valores, que representaria um verdadeiro prejuízo para o mundo se Portugal não existisse. O Brasil ficou prejudicado ao se deslusitanizar. Como católicos, devemos ser ciosos e alegres de nossa origem lusa. Eu me prezo de ser descendente de portugueses e admiro Portugal.

O Santo Condestável de Portugal, tendo exercido um papel enorme na história portuguesa, muito nos interessa. Seu caráter guerreiro e carmelitano, e de santo guerreiro, interessa-nos especialmente. Quando se tornou religioso carmelita, ele conservou o arnês de cavaleiro sob o hábito carmelitano, como manutenção do seu espírito guerreiro. O católico mole e adocicado gostaria de dizer que nenhum santo é guerreiro; que nenhum bom religioso é guerreiro; que na guerra há algo de intrinsecamente mau. Essas são afirmações falsas.

Ademais, como antepassado da família imperial brasileira, Nuno Álvares é um protetor nosso. Todas essas razões nos fazem ter para com ele uma devoção especial.

______________________________

* Vide Catolicismo, abril/2009.

Veja:
http://www.catolicismo.com.br

Topo da Página

 

 

 

 

 

 
Leia Também
Princesa Isabel marcante personagem na História do Brasil
João Fernandes Vieira e os heróis da Insurreição Pernambucana
Tsunami, aviso de Deus, mas silenciado
Ser tolerante? Sim, não? Por quê?
Cotas na Universidade: achatamento e luta de classes
Ucrânia: vítima da tirania stalinista