Batalhão de couraceiros franceses
15/11/2010
Plinio Corrêa de Oliveira
Força, alegria e glória
Nesta ilustração de um batalhão de couraceiros franceses, chamam especialmente a atenção as cores dos trajes — prateado, branco e vermelho — e a impecável apresentação.
Como é bela a ordenação dos militares, dando uma impressão de força, alegria e glória! A força se nota em tudo, mas neles está aliada à alegria. Só têm ânimo para marchar as pessoas que sentem a alegria de ser militar, de estar destinadas ao combate e ao holocausto, de viver numa atmosfera de legenda e de glória.
Além disso chama a atenção que, além da força e da alegria, neles existe o amor à glória. Estão banhados numa atmosfera de glória.
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Na segunda ilustração, um soldado impecável: limpeza exímia de todo o uniforme, capacete reluzente, belo penacho vermelho. Tudo perfeito, compondo uma verdadeira maravilha.
A atitude dele é alheia a tudo em torno de si, com a atenção posta nas honras militares de que está participando. Atitude de homenagem, alegria de prestar reverência a quem é superior.
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Por último um couraceiro a cavalo. O modo como ele avança e o gesto com a espada revelam seu espírito combativo. Cavalo alinhadíssimo, ajaezamento perfeito, elegância do gesto, proporção perfeita entre a curvatura do braço e o modo de segurar a espada, o capacete pontudo — um conjunto de qualidades militares que nenhum outro povo ostentou com mais harmonia do que os franceses, num binômio de força ameaçadora e graça amável e gentil.
A fisionomia é de um homem dos nossos dias, mas parece viver fora do século e do tempo. Para ele, o universo é o que se contém por dentro do capacete, do uniforme, da couraça, do mito e da legenda para os quais esses uniformes foram feitos.
Um tolo diria que ele vive na irrealidade. Mas esta é a supra-realidade — a realidade dos aspectos superiores da existência e da vida.
Seria magnífico se pudéssemos dizer, como de um cruzado, que se trata de um homem piedoso e casto. Infelizmente, homens assim vão se tornando cada vez mais raros. Mas é preciso notar que toda a apresentação dele seria digna de um cruzado. Se víssemos Godofredo de Bouillon e seus heróis chegarem a Jerusalém com esta apresentação, diríamos: eles encontraram bem as roupagens que deveriam ter!
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 17 de maio de 1986. Sem revisão do autor.
Veja:
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