CARLOS MARTEL


11/09/2011

Plinio Corrêa de Oliveira

Plenitude de um verdadeiro chefe guerreiro e nobre

 


Carlos Martel na Batalha de Poitiers

A ilustração é de Carlos Martel(*). Um homem de certa rusticidade e muita gravidade, profundamente sério, de vistas elevadas e consequente. Quem ousar desafiá-lo poderá receber respostas bem sérias, pois ele está permanentemente em condições de fazer algo perigoso.

É um homem grave, forte, e muito estável. Quando afirma: “Eu, depois de pensar, amadureci um plano”, tenha certeza de que tal plano será inteiramente executado!

Eis aí, na plenitude, o que era um verdadeiro chefe guerreiro e nobre. Ele tem uma superioridade que não lhe advém do fato de ser mais fino, mas que reside na sua elevada gravidade de espírito e na força de sua personalidade.

Ele cavalga e luta disposto a derramar seu sangue por Nosso Senhor Jesus Cristo. É um cavaleiro que ouvindo narrar a Paixão de Cristo é capaz de chorar e que, voltando da guerra santa, poderá se transformar num monge, por exemplo. Com essa impostação, podemos compreender o que era o quilate de uma alma da Idade Média.

Um guerreiro que não tem medo de se confrontar com a verdade nem teme inimigo algum. Ele pensa de modo análogo ao de sua marcha para o combate. Senhor em toda linha, moldado para dominar. Ele chefia na guerra, domina na paz, impõe a ordem por toda parte — é propriamente um soldado de Cristo.

Em seu lar, na comodidade e placidez, estará até distendido. Mas é distensão de uma pessoa de grande seriedade e estabilidade. É uma personalidade constituída por uma só peça e que tem apenas um objetivo na vida.

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(*) A respeito dele, vide artigo A Batalha de Poitiers, nesta edição.

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Excertos de conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Sem revisão do autor.

Veja:
Revista Catolicismo

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