Agronegócio sofre perseguição governamental
25/11/2004
Gregorio Vivanco Lopes
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, em palestra proferida ante auditório do MST, criticou o agronegócio.
Rossetto e a cubanização do Brasil
Já anteriormente, o Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto, classificara o agronegócio como sendo um "latifúndio monocultor" que se oporia aos benefícios da propriedade dita familiar.
Rossetto não aceita que se qualifiquem como modernos os empreendimentos agrícolas que têm feito crescer o PIB brasileiro e têm sido fundamentais para os efeitos positivos da balança comercial. O mito socialista da distribuição da terra a qualquer preço, para obter uma igualdade quimérica e contrária à ordem natural das coisas, parece ser o parâmetro adquirido pelo Ministro na escola de Marx e que ele segue religiosamente. Quanto à realidade, ora a realidade... Ela que se arranje como puder, desde que caminhemos para a cubanização do País.
Hackbart mistura agronegócio com crimes
No que se refere ao Presidente do INCRA, chega a ser escandaloso que "se sinta à vontade para afirmar que o Incra e o MDA ‘têm lado’. Ou seja: os dois órgãos públicos federais defendem o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) contra o agronegócio. O ministro do Desenvolvimento Agrário e o presidente do Incra cumprem hoje duas funções essenciais. De um lado, administram a tutela do movimento sem-terra por parte do governo. De outro, promovem a instrumentalização da máquina pública com vistas a ‘acumular forças’ para uma futura ‘revolução’ rural. (...) Quanto a isso, não se pode esquecer a contribuição que o presidente da Pastoral da Terra (CPT), dom Tomás Balduíno (também sempre a pregar contra o agronegócio), tem oferecido ao arcabouço doutrinário de seus colegas do Incra, do MDA e do MST" (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2511200401.htm).
Hackbart, não só se colocou ao lado do MST contra o agronegócio, como chegou a ponto de misturar o agronegócio com crimes cometidos contra membros do MST: "Temos que saber em que ponto vamos nos unificar porque o outro lado é muito organizado, sob a etiqueta do chamado agrobusiness. Sob essa etiqueta está Adriano Chafik, que matou os trabalhadores em Minas Gerais. Ele se diz do agrobusiness. Sob essa etiqueta está o proprietário que baleou os acampados lá em Mato Grosso do Sul", disse ele.
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Se membros destacados do governo, como são um Ministro de Estado e o Presidente do INCRA, lançam-se nessa campanha contra o agronegócio e permanecem em suas funções, o que pensar dos rumos do governo?
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