Agronegócio na mira do governo


17/12/2004

Agronegócio na mira do governo

Depois dos furibundos ataques do MST e da CPT contra o agronegócio, veio a público o presidente do INCRA, Rolf Hackbart, para dizer que estava ao lado dos sem-terra contra o “outro lado”, representado pelo agronegócio.

Houve uma celeuma, mas Hackbart continuou tranqüilo no cargo. Aliás, já anteriormente, o próprio Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, havia criticado o agronegócio

Dirceu entra em cena

Agora, é o todo-poderoso ministro José Dirceu quem anuncia a criação de uma Super-Receita Federal, que terá como um de seus alvos preferidos o agronegócio.

É fato que o agronegócio incomoda a fundo os ideólogos do PT por todas as razões. Primeiramente, ele é a prova da eficiência da iniciativa particular contra a pesadona burocracia estatal, bem-amada dos socialistas de todo naipe. Além disso, o agronegócio, por sua pujança e produção de riquezas, impede a tão almejada igualdade na miséria que os cubano-comunistas idolatram.

Desse modo não surpreende que o Ministro da Casa Civil -- que já ao tomar posse de seu cargo, em 2003, havia declarado que desejava para o Brasil uma verdadeira revolução social. Não tenho medo de dizer essa palavra: uma verdadeira revolução social” -- esteja preocupado em fiscalizar de modo especial o agronegócio. Somos, disse ele na ocasião, referindo-se ao PT, um partido de esquerda socialista, e é sempre bom lembrar isso” (Folha on line, 3-1-03).

Supersecretaria fiscalizará o agronegócio

Agora, informa o jornal “O Estado de S. Paulo” (17-12-04):

 “José Dirceu, anunciou a criação de uma supersecretaria, a Receita Federal do Brasil, um organismo que centralizará a arrecadação de impostos e contribuições sociais e previdenciárias. A nova repartição terá como meta unificar as atuais atribuições da Receita Federal e da recém-criada Secretaria de Receita Previdenciária. Dirceu afirmou que o projeto integra a lista das prioridades do governo para combater as fraudes na saúde e na Previdência em 2005.

“Um dos focos da fiscalização será o agrobusiness, que tem batido recordes de produção, mas só contribui anualmente com R$ 2,8 bilhões para a Previdência. Agora, o plano da unificação, com o projeto de Receita Federal do Brasil, é arrecadar todos os tributos do País. ‘Além de evitar a sonegação, isso diminui custos’, argumentou Dirceu”.

Com a palavra os produtores rurais.

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