Depois dos furibundos
ataques do MST e da CPT contra o agronegócio,
veio a público o presidente do INCRA, Rolf Hackbart, para dizer que estava ao lado dos sem-terra
contra o “outro lado”, representado pelo agronegócio.
Houve uma celeuma, mas Hackbart continuou tranqüilo no cargo. Aliás,
já anteriormente, o próprio Ministro do Desenvolvimento
Agrário, Miguel Rossetto, havia criticado o agronegócio
Dirceu entra em cena
Agora, é o
todo-poderoso ministro José Dirceu quem anuncia a criação
de uma Super-Receita Federal, que terá como um de seus alvos preferidos
o agronegócio.
É fato que o agronegócio incomoda a fundo os ideólogos do
PT por todas as razões. Primeiramente, ele é a prova da
eficiência da iniciativa particular contra a pesadona
burocracia estatal, bem-amada dos socialistas de todo naipe. Além disso,
o agronegócio, por sua pujança e
produção de riquezas, impede a tão almejada igualdade na
miséria que os cubano-comunistas idolatram.
Desse modo não
surpreende que o Ministro da Casa Civil -- que já ao tomar posse de seu
cargo, em 2003, havia declarado que desejava para o Brasil “uma verdadeira
revolução social. Não tenho medo de dizer essa palavra:
uma verdadeira revolução social” -- esteja
preocupado em fiscalizar de modo especial o agronegócio.
Somos, disse ele na ocasião, referindo-se ao PT, “um partido de esquerda socialista, e
é sempre bom lembrar isso” (Folha on line,
3-1-03).
Supersecretaria fiscalizará o agronegócio
Agora, informa o jornal
“O Estado de S. Paulo” (17-12-04):
“José
Dirceu, anunciou a criação de uma supersecretaria, a Receita
Federal do Brasil, um organismo que centralizará a
arrecadação de impostos e contribuições sociais e
previdenciárias. A nova repartição terá como meta
unificar as atuais atribuições da Receita Federal e da
recém-criada Secretaria de Receita Previdenciária. Dirceu afirmou
que o projeto integra a lista das prioridades do governo para combater as
fraudes na saúde e na Previdência em 2005.
“Um dos focos da
fiscalização será o agrobusiness,
que tem batido recordes de produção, mas só contribui
anualmente com R$ 2,8 bilhões para a Previdência. Agora, o plano
da unificação, com o projeto de Receita Federal do Brasil,
é arrecadar todos os tributos do País. ‘Além de
evitar a sonegação, isso diminui custos’, argumentou Dirceu”.
Com a palavra os produtores
rurais.