Francamente... -- O
presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de
Freitas, disse que “respeita” a decisão do MST de intensificar os protestos contra
a lentidão da reforma agrária, contra o avanço do agronegócio e contra o uso de
sementes geneticamente modificadas no País (Ag.
Estado, 9-2-05). Embora tenha acrescentado que é contra as invasões, estranha
muito que um líder rural patronal “respeite” as decisões de um movimento
subversivo. Ainda mais quando a decisão “respeitada” é a de avançar contra o
agronegócio, base atual da economia nacional. Para alguém que deveria ser um
defensor do agronegócio... francamente...
Cruzando os braços -- Mesmo
no que se refere à ameaça do MST de intensificar as invasões, o presidente da
OCB limita-se a esperar: "O produtor vai esperar para ver o que
acontece. Não podemos parar a produção. Vamos continuar trabalhando".
Os cooperados não têm direito a nenhuma medida especial de proteção, por parte
da OCB, diante de uma ameaça tão explícita? A diretriz é simplesmente trabalhar
e esperar, até que todo trabalho seja destruído por hordas de invasores?