SOU CATÓLICO: POSSO SER CONTRA A REFORMA AGRÁRIA?
18/03/2005
Plinio Corrêa de Oliveira
Ao leitor
O título do presente volume define seu objetivo. Numerosos católicos
são contra a Reforma Agrária. Os pronunciamentos episcopais favoráveis
a esta última importam para eles na obrigação de renunciar às
suas convicções anti-agro-reformistas, e de aceitar de bom grado
a reforma que reputam contrária à Moral da Igreja, bem como aos
mais graves interesses econômicos do País?
A esta questão de
consciência – que abrange tão larga
e diversificada gama de assuntos – se dá resposta em dois
estudos distintos.
O primeiro desses estudos,
de autoria do prof. Plinio Corrêa de Oliveira,
líder católico de irradiação mundial, responde: o católico deve
ser fiel, acima de tudo, aos ensinamentos tradicionais do Supremo Magistério
da Igreja (ou seja, às definições impostas a todos
os católicos pelo Supremo Magistério, bem como ao ensinamento
uniforme de seu Magistério ordinário e universal no decurso
dos séculos).
Ora, um exame detido do documento Igreja e problemas da terra, publicado
pela CNBB, leva à conclusão que não há consonância
entre aqueles ensinamentos e a Reforma Agrária preconizada no documento
da CNBB. A mesma observação pode fazer-se em relação às
declarações pessoais de vários Srs. Bispos solidários
com esse documento, ou que se pronunciaram, em outras ocasiões,
numa linha favorável à Reforma Agrária.
Em conseqüência, o católico anti-agro-reformista tem não
só o direito como o dever de continuar anti-agro-reformista.
O segundo estudo, de autoria do economista Carlos Patricio del Campo
(chileno há anos radicado no Brasil) põe em evidência outras razões
pelas quais o católico anti-agro-reformista pode e deve conservar-se
nesta posição. Ele analisa do ponto de vista econômico
o documento Igreja e problemas da terra, provando que este último apresenta
graves lacunas no panorama da situação econômica da lavoura
brasileira e na Reforma Agrária que pleiteia.
Assim, ainda que o documento
da CNBB não fosse objetável do estrito
ponto de vista da Doutrina Católica, seria inaceitável do ângulo
econômico, como contraditório com a realidade nacional e incompatível
com os interesses do País.
Em Apêndice ao primeiro estudo, o presente volume contém a relação
dos Bispos que se pronunciaram, em declarações pessoais ou em
documentos coletivos, a favor de uma Reforma Agrária infensa ao direito
de propriedade.
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