Aborto de anencéfalos: STF adia julgamento do mérito para o segundo semestre.
01/05/2005
Os onze ministros que compõem o tribunal pleno do STF (Supremo Tribunal
Federal), no dia 26 votaram apenas uma proposta do procurador-geral da República,
Cláudio Fonteles, de arquivamento da ação, decidindo pela
rejeição do pedido por 7 votos a 4. Adiaram para o segundo semestre
o julgamento do mérito.
Seis dos onze ministros,
segundo o jornal Folha de São Paulo, já deram
evidências, em julgamentos ou entrevistas, que votarão a favor
do direito da mulher optar por interromper a gravidez nesses casos. Parece,
portanto, salvo circunstâncias imprevisíveis, que essa forma de
aborto será aprovada por meio do Judiciário. O que seria um primeiro
passo para a legalização do aborto, segundo pensam todas as entidades
que defendem a vida, e que julgam, com razão, que a vida é um
direito natural do nascituro e que não pode ser interrompida por meios
artificiais, mesmo que ele só venha a ter pouco tempo de vida extra
uterina. O aborto, em qualquer caso, é uma grave ofensa ao 5º Mandamento
da Lei de Deus. Para os católicos, além de matar um ser indefeso,
o que torna esse crime ainda mais hediondo, quem pratica o aborto está excluindo
aquele futuro cristão da graça do batismo e de todas as outras
graças que dele decorrem.
Em entrevista, o presidente do STF,
Nelson Jobim, foi além, dizendo
que é a favor do aborto em qualquer caso.
O Ministro Marco Aurélio declarou que irá promover audiências
públicas com os interessados na questão.
Segundo os quatro ministros que
votaram pelo arquivamento da ação,
o STF estaria substituindo o Congresso na tarefa de legislar.
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