Os produtores rurais e os sem-terra
estão numa queda de braço a respeito
dos índices de produtividade.
Os sem-terra querem que
os índices sejam aumentados, para assim considerarem
como “improdutivas”, fazendas até agora consideradas altamente produtivas.
Com isso, eles terão pretexto para invadi-las à vontade e, com a conivência
do INCRA, desapropriá-las. O passo seguinte é transformá-las em assentamentos de Reforma
Agrária, mais conhecidos como favelas rurais.
Já os produtores argumentam que o aumento dos índices vai ocasionar uma
queda brutal na produção, vai abalar a economia nacional e prejudicar todos
os brasileiros. Além de aumentar o caos no campo.
Até agora, os sem-terra eram defendidos no governo pelo Ministro do Desenvolvimento
Agrário, Miguel Rossetto. E os produtores eram
defendidos pelo Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Rossetto está mais do que nunca identificado com os invasores
e os defende de todos os modos. Já Rodrigues está dando mostras de fraqueza
na defesa dos produtores rurais e fala em ceder um tanto. Acusa os atuais índices
de serem “antigos e superados” e acena para o fato de a Reforma Agrária exigir
mais desapropriações.
É o que informa o jornal
“O Estado de S. Paulo” (20-5-05): “Rodrigues
disse que o governo estuda mudar os índices de produtividade, pois os atuais
são muito antigos e superados. Quando a proposta surgiu, causou irritação
entre produtores rurais e o ministro anunciou sua discordância publicamente.
Ontem, no entanto, ele preferiu discurso mais vago. ‘Faço parte do governo
que defende a reforma agrária e é a favor de que isso aconteça. Estamos
lutando nessa mesma direção’, afirmou”.
Resta saber se os produtores rurais estão dispostos a embarcar
nessa canoa do Ministro da Agricultura, ou se, pelo contrário, se darão
conta de que o pior mal não está nos sem-terra, mas sim numa Reforma Agrária
socialista e confiscatória, que é insaciável
e quer demolir o agronegócio e toda agropecuária nacional, para fazer do
Brasil um novo Zimbábue.