É claro que houve também muitos fatores positivos, sobretudo
por efeito do agronegócio. Mas este teve de enfrentar terríveis
fatores negativos, que a seguir enumeramos exemplificativamente.
Fatores negativos para o agronegócio em 2005
1) Uma seca envolveu regiões altamente produtivas do sul do Brasil
e Mato Grosso do Sul, comprometendo a produção de grãos
em 19 milhões de toneladas, com perdas de até 15% na produção
de cana-de-açúcar e outras culturas. O prejuízo, avaliado
pelo ministro da Agricultura, foi de 21 bilhões de reais.
2) A política cambial foi desastrosa para o setor. O agronegócio
foi a principal vítima dessa política; os insumos foram comprados
com o dólar entre R$ 3,00 a 3,30, e a colheita vendida com o dólar
a R$ 2,20. Para exemplificar: a soja, que em 2004 foi vendida em média
a R$ 40,00 a saca, no final de 2005 estava sendo negociada a R$ 25,00. Cumpre
ressaltar que a política cambial não é unanimidade dentro
do próprio governo, tendo vários ministros e o próprio
vice-presidente discordado dela.
3) A febre aftosa. O Brasil possui o maior rebanho de gado vacum do mundo,
que já se aproxima de 200 milhões de cabeças (quase o
dobro dos EUA, que possui 105 milhões). Graças à competência
do setor pecuário, o país é hoje o maior exportador de
carne, couros e calçados. Esta cadeia produtiva, que gera milhões
de empregos e bilhões de dólares, foi afetada pela eclosão
da aftosa, pois muitos especialistas já vinham alertando: “Não é se,
mas quando iriam irromper os focos de aftosa”. Até a região
já era prevista: o sul do Mato Grosso do Sul, com muitos quilômetros
de fronteira seca com o Paraguai, onde não há controle eficaz
na parte brasileira, e com inúmeros assentamentos de Reforma Agrária,
onde o MST impede a devida vigilância. O resultado aí está.
De acordo com a revista da Coopavel,(2) uma das maiores cooperativas do Brasil,
o prejuízo foi de 1,7 bilhão de dólares.
4) O MST atuou invadindo propriedades, pedágios e órgãos
públicos, obstruindo rodovias e demolindo propriedades, sem que o governo
tomasse qualquer atitude para impedir tais vandalismos.
O leviatã ecológico: equivocada política
do meio ambiente
Apesar dos fatores negativos apontados, o agronegócio reagiu vitoriosamente,
gerando novos empregos, mantendo outros milhões já existentes
e produzindo alimento farto e de excelente qualidade; sustentou nossa balança
comercial, fator decisivo para atingirmos o recorde histórico de exportações
de 117 bilhões de dólares.
Em 2003, logo no início do governo Lula, uma destacada autoridade política
brasileira confidenciou que o grande problema, a médio e longo prazo,
seria a equivocada política do meio ambiente, que poderia trazer o engessamento
de todo o setor produtivo do agronegócio.
É bom salientar que ninguém é contra a preservação
do meio ambiente, que tem em vista conservar a bela e variada natureza que
Deus criou para espelhar suas infinitas perfeições.
O que não se compreende é a aplicação de uma repressão
de tipo eco-nazi-comunista, que provocou a prisão de um pai e filho
por terem matado dois “quero-quero” para comerem no jantar; e outra
vítima de tal repressão, também presa por raspar a casca
de uma árvore medicinal a fim de fazer chá para a esposa doente!
Certos ecologistas atuam hoje em dia com base numa ideologia sectária,
verdadeira religião que adora a natureza, fazendo lembrar os bárbaros
germanos que adoravam árvores, e em particular o histórico carvalho
irminsul, cujas raízes tocariam no centro da terra; e que o grande Imperador
Carlos Magno mandou derrubar a golpes de machado, para provar que nada de grave
ia ocorrer.
Poderosas ONGs e forças internacionais inimigas de todo progresso visam
literalmente engessar o desenvolvimento do nosso Brasil. Odeiam elas sobretudo
a idéia de um Brasil católico e próspero, atuando no futuro
como potência mundial sob o bafejo da Providência Divina, para
o bem de todas as nações do globo, como sempre almejou o Prof.
Plinio Corrêa de Oliveira