A Revolução Quilombola
24/06/2008
Valdir Trivellato
Lançada no Rio de Janeiro a segunda edição do livro A Revolução Quilombola, ampliada com a denúncia de recentes fatos ocorridos na Bahia, Sergipe, Paraná e Rio
Apesar do dia chuvoso, o público carioca lotou as dependências da livraria Letras & Expressões, no Leblon, em 15 de abril último, para o lançamento da segunda edição atualizada de A Revolução Quilombola,* do jornalista Nelson Ramos Barretto.
O evento contou com a presença do Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, coordenador
nacional da campanha Paz no Campo, e de Dr. Plinio Vidigal Xavier da Silveira, diretor da Associação dos Fundadores.
O tema ganhou repercussão no Rio devido ao novo confisco “quilombola” que atinge o Parque José Guilherme Merchior, junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos lugares mais belos e valorizados da Cidade Maravilhosa. Indignados e perplexos com tal arbitrariedade do INCRA, a Dra. Ana Simas, presidente da AMOFONTE (Associação dos Moradores da Fonte da Saudade), a vereadora Aspásia Camargo e outros representantes do bairro também marcaram presença no lançamento.
No dia seguinte, Nelson Barretto acompanhou os representantes da AMOFONTE ao Ministério Público de Meio Ambiente com um abaixo-assinado denunciando os invasores auto-intitulados quilombolas, pedindo sua remoção e a proteção para o Parque José Guilherme Merchior (foto na página ao lado).
A segunda edição de A Revolução Quilombola vem ampliada com a denúncia de recentes fatos ocorridos na Bahia, Sergipe, Paraná e Rio. Fatos esses desconhecidos do grande público, pois a referida revolução se esgueira solerte e silenciosa, sendo conhecida quase só por suas vítimas; mesmo assim, quando a situação já se tornou uma tragédia. Com exceção da publicidade, o processo é semelhante ao do MST. Nas fotos à esq., flagrantes do evento.
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Uma esperança no Congresso
Por ampla maioria, os membros da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovaram, no dia 19 de dezembro de 2007, o Projeto de Decreto Legislativo do Deputado Valdir Colatto (PMDB/SC) (foto à esquerda), sustando o decreto presidencial 4.887 de 2003, que rege o processo de reconhecimento das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.
Anteriormente a essa aprovação, os aderentes da campanha Paz no Campo enviaram mais de vinte mil e-mails ao deputado Valdir Colatto e aos membros da Comissão de Agricultura, em apoio ao projeto de Decreto Legislativo (PDL 44/2007), que revoga o decreto “quilombola”. O projeto seguirá agora para a Comissão de Constituição e Justiça, e depois para o plenário.
Diante da reação, a Advocacia Geral da União (AGU) anunciou a suspensão dos processos de demarcação. Infelizmente – como vem acontecendo com muitas medidas governamentais – essa suspensão não vem sendo cumprida.
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Veja:
http://www.catolicismo.com.br/
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