Contra a despenalização do aborto de anencéfalos
07/11/2008
Márcio Coutinho
Os nascituros anencéfalos devem ser mortos? Este foi o tema no lançamento da Campanha Brasil Pela Vida na cidade de Itu (SP), no dia 17 de outubro.
Distribuição de convites |
Com a presença de 170 pessoas, o evento contrário à despenalização do aborto teve lugar no Espaço Fábrica São Luiz, no centro da cidade de Itu, patrocinado por uma coalizão de associações antiabortistas. O convite foi reproduzido pela TVConvenção e publicado no “Jornal Periscópio” e na “Folha da Cidade”, órgãos de imprensa locais, sendo também enviado a autoridades religiosas, militares e civis.
O Dr. Rodrigo R. Pedroso, da OAB/SP, abordou os aspectos jurídicos da ADPF 54 (Argüição do Descumprimento de Preceito Fundamental), que visa despenalizar o aborto de fetos anencéfalos. Ela está para ser julgada no Supremo Tribunal Federal (STF) e há sério risco de ser aprovada. O Dr. José Haddad Jr., presidente da coalização Brasil Pela Vida, focalizou o tema sob o prisma médico, demonstrando o absurdo do aborto de anencéfalos.
Compareceram ao ato vários médicos, sendo um deles vereador reeleito, advogados, universitários da área médica e jurídica, secretários da prefeitura, militares, etc.
Também esteve presente a menina Letícia Kokumai Pereira, de quatro anos, portadora de hidrocefalia, levada ao evento por sua avó, Da. Gina Kokumai, e que no final do evento “roubou a cena”. Todos queriam vê-la, falar com ela, fotografá-la. Mal sabia a menina Letícia que, se for aprovada a despenalização do aborto para anencéfalos, quase certamente nascituros que forem portadores de hidrocefalia serão as próximas vítimas condenadas à morte pela sanha da campanha abortista.
Aspecto da sessão |
Participou do ato Da. Luciana Franco Costa da Silva, mãe de Mariana Franco, nascida com anencefalia, e que faleceu com dois anos e quatro meses. Disse ela que, apesar da pressão que recebeu para que abortasse sua filha, não cedeu, conviveu com ela durante sua curta existência e sente hoje muitas saudades da menina.
No final, os presentes foram convidados a assinar o Manifesto de Itu, dirigido aos participantes da Frente Parlamentar pela Vida, para que advirtam os membros do Congresso Nacional a respeito da ameaça de aprovação do aborto de anencéfalos pelo STF. Se a Suprema corte de Justiça vier a despenalizar o aborto de anencéfalos, estar-se-á abrindo mais uma porta para a legalização do aborto no Brasil, indevidamente por vias judiciais, o que constitui uma anomalia jurídica.
Peçamos à Rainha e Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, que impeça esses graves males para nossa Pátria; e que ilumine aqueles que defendem o direito à vida, mesmo daquelas crianças que possam vir a morrer em tenra idade, mas que têm o direito de nascer e ser batizadas; pois somente Deus, que as criou, pode tirar-lhes a existência.
Veja:
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