Um dos primeiros atos do novo presidente americano foi liberar verba federal para financiar associações que se dedicam à prática do aborto. Esta atitude pode ser a primeira de uma série em favor desta prática criminosa, que já eliminou dezenas de milhões de nascituros.

Diante disso, seria de se temer que o movimento em defesa da vida sofresse um arrefecimento. A 36ª Marcha pela Vida, realizada no dia 22 de janeiro na capital norte-americana, demonstrou o contrário: o número cresceu sensivelmente. Uma multidão calculada em 300 mil pessoas desfilou até as escadarias da Suprema Corte, onde em 1973, nessa mesma data, a decisão Roe x Wade concedera legalidade ao extermínio de nascituros.

Entre a multidão, um significativo número de autoridades eclesiásticas se fez notar. Universitários que participavam de um congresso promovido pela TFP americana associaram-se a uma centena de membros e cooperadores da entidade para tomar parte na marcha.

Organizações anti-abortistas de vários países enviaram representantes: SOS Leben (Alemanha), Droit de Naitre (França), Voglio Vivere (Itália), Lepanto Foundation e Tradición y Acción (Colômbia).

A presença da banda de música da TFP americana, executando marchas religiosas e patrióticas, contribuiu de modo marcante para manter o ânimo elevado. Sete grandes estandartes rubro-áureos da entidade esvoaçavam ao vento, num convite para levar a cabo tal combate, por mais árduo que pareça.

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Chamou muito a atenção do público uma faixa com a frase: “Quanto mais o socorro humano parece improvável, maior é a certeza da intervenção divina”.

O colombiano Julio Hurtado, membro de Tradición y Acción, declarou: “Queremos que Obama seja um defensor dos direitos humanos, dos quais o mais fundamental é a vida dos inocentes, dos que não nasceram” (“Agência Efe”). Beno Hofschulte, diretor de SOS Leben, chamou a atenção para a cifra alarmante de 50 milhões de crianças abortadas nos EUA.

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“E o príncipe não veio?” — perguntou uma senhora, desapontada pelo fato de não ver, como nos anos anteriores, o príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança encorajando o evento com sua distinta presença. Tal ausência, motivada por compromissos inadiáveis no Brasil, foi notada por vários manifestantes.

Este ano a marcha contou com participação especial. Pela primeira vez, a Imagem Peregrina Internacional de Nossa Senhora de Fátima esteve presente. É digno de nota que, em meio a novas ameaças de promotores do aborto, Ela comparecesse como Rainha e Mãe, para dispensar graças intensificando a virtude da fortaleza, com vistas aos árduos dias que nos aguardam.

“A presença da Imagem Peregrina de Fátima nesta ocasião é uma grande dádiva da Santíssima Virgem”, comentou Sérgio de Paz, diretor de Cubanos Desterrados, associação americana que congrega refugiados da ilha-prisão.

A sagrada visitante era escoltada por membros da TFP americana com seus trajes de cerimônia.

Merece destaque o fato de que, nos últimos anos, já começaram a organizar-se marchas também em outras importantes localidades do país. Por exemplo, neste ano a marcha na Califórnia reuniu mais de 30 mil participantes.