“Le Monde”, o diário parisiense de maior circulação na França, recebeu de católicos de todo o mundo, especialmente americanos, a maior avalanche de protestos já conhecida. Foi uma resposta à caricatura blasfema (indicada em círculo abaixo, à direita) publicada por aquele jornal no dia 19 de março último, a qual apresentava Nosso Senhor distribuindo preservativos a uma multidão. De modo blasfematório, a legenda dizia: “Após a multiplicação dos pães, seguiu-se a multiplicação dos preservativos”.
Dita caricatura ultrajava também o Papa Bento XVI, apresentando-o como um idoso decrépito, dizendo “N’importe quoi” (o sentido da expressão francesa é: “vale tudo”, ou seja, tal distribuição poderia ser feita a todos, sem restrições).
Na edição de 27 de março desse diário, em comentário intitulado Sacrilégio, uma jornalista afirma que houve um furacão, um verdadeiro tsunami de protestos. Entretanto, não lhes ocorreu pedir desculpas pela caricatura blasfema!
De onde partiu o “tsunami”
A TFP norte-americana, através de sua campanha America Needs Fatima (A América necessita de Fátima) e de seu setor estudantil Students in Action (Estudantes em Ação), contactara todos os seus membros, colaboradores e simpatizantes para que enviassem seu protesto a “Le Monde”. A campanha foi colocada sob a proteção de São José, cuja festa era celebrada no dia da publicação blasfema.
Não é a primeira vez que a entidade exerce esse tipo de ação. Quando da publicação do livro O Código da Vinci, promoveu intensa campanha, cuja eficácia foi lembrada pelo diário francês.
Foi o maior número de protestos recebidos até hoje por “Le Monde”, provenientes de todo o mundo, mas o número mais significativo foi enviado dos Estados Unidos. Nem a caricatura de Pio XII fazendo saudação nazista provocara tamanho impacto.
“Le Monde” diz que o tsunami de protestos chegava às centenas, milhares, alcançando 500 e-mails por hora, quase bloqueando seu servidor, obrigando seus funcionários a redirecionar as correspondências para evitar o colapso. Comenta um de seus articulistas: “Eles demonstraram que ovelhas também mordem”...
Os protestos constituíram manifestação de piedade católica, com duras palavras mencionando as sérias conseqüências para as almas dos responsáveis pela nefanda caricatura.
Algumas repercussões
- “Claro que, como católico, não posso cortar cabeças, mas também não posso negar o meu desejo de rasgar o jornal em pedaços” (D. Reuben, via e-mail).
- “Você (diretor do “Le Monde”) não teria feito isso contra os princípios éticos muçulmanos. Vocês escolheram alvos leves, porque são covardes” (Steve Killelea, Sarasota, Flórida).
- “Eu rezo pela a alma da França, que deu o rei São Luís para o mundo” (Prémio Doug, Saint Louis, Missouri).
- “Você atrairá a ira de Deus [...]. Vocês não percebem que atrairão a ira de Deus sobre o mundo?” (Rita Reber, Flórida).
- “Acho que o ‘Le Monde’ se tornou uma criança teimosa que insulta os valores de nossos antepassados” (Paul Miller, Tennessee).
- “A França ainda não se recuperou da ignomínia e infâmia da Revolução Francesa” (Frank L. Sharkozy, Wisconsin).
- “Um dia você vai enfrentar um futuro de eterna escuridão. Que Deus tenha piedade de sua alma” (Deacon Ken Finn, San Diego, Califórnia).
- “Senhor diretor de “Le Monde”, se você é democrático, registre em seu jornal a minha queixa, que é a queixa de minha família e de incontáveis católicos do mundo inteiro. Consta que De Gaulle teria dito de meu País: “Le Brésil n´est pas um pays sérieux”. Com essa caricatura blasfema que vocês publicaram contra a honra de Nosso Senhor, portanto contra nossa honra, não resta dúvidas: “Le Monde n’est pas um journal sérieux”.
Senhor diretor, acho que sua chocante e indignante publicação é tão grave, que não basta apenas registrar nossas queixas, há necessidade de reparação, no mínimo de pedido de desculpas aos católicos ofendidos” (Antonio de Paiva Filho, São Paulo, SP).
- “Um agradecimento enorme aos católicos americanos por nos terem mostrado uma vez mais o bom e justo uso que se pode fazer da Internet no nosso combate comum. Uma imensa gratidão a eles por terem desembarcado no sistema despótico do “Le Monde”, como desembarcaram uma vez na Normandia, para nos livrar de outra tirania” (Blog Le Salon beige).