Marcha das Damas de Blanco em Miami: Uma esperança para Cuba?
01/06/2010
Miguel da Costa Carvalho Vidigal
Desde 2003, um movimento de mulheres de várias idades, denominado Damas de Blanco, organiza-se para pedir a libertação de seus filhos, maridos, parentes e amigos dos cárceres da ilha-prisão, promovendo protestos pacíficos nas ruas de Havana.
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Em Havana, violenta repressão castrista contra as Damas de Blanco |
Gloria Estefan |
O movimento originou-se como resposta da sofrida sociedade cubana às prisões em massa ocorridas na primavera de 2003. A partir de então o mundo passou por várias mudanças, mas a perseguição religiosa e política em Cuba prosseguiu. No lugar de Fidel, o irmão ditador Raul Castro mantém na prisão numerosos cidadãos que reivindicam o básico direito de ir e vir.
O apoio internacional às Damas de Blanco aumentou depois que morreu na prisão o dissidente cubano Orlando Zapata. Após 85 dias de greve de fome, ele sucumbiu no mesmo dia em que o presidente brasileiro, em visita a Cuba, negou-se a interceder em seu favor.
O bispo de Miami discursando |
Miami, a cidade onde mais vivem cubanos exilados, não podia ficar indiferente a essa enorme pressão internacional que vai mobilizando, em diversos países, marchas e protestos contra o tirânico regime castrista. No dia 25 de março, uma manifestação reuniu aproximadamente 200 mil pessoas vestidas de branco, para prestar solidariedade às legítimas reivindicações das Damas de Blanco. Da mesma forma que o Presidente Lula ignorou o pedido pessoal em favor de Orlando Zapata, esta manifestação foi completamente ignorada pela mídia brasileira.
Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, conduzida pelo grupo dos Cubanos Desterrados |
Participaram da passeata o prefeito e o bispo de Miami, deputados federais e políticos da região, além de artistas famosos internacionalmente, como a principal organizadora da marcha, Gloria Estefan, nascida em Havana de família atualmente refugiada do regime comunista.
Bandeiras e cartazes de cidadãos de outros países clamavam pela liberdade de Cuba. Um dos destaques foi a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrina, conduzida pelo grupo dos Cubanos Desterrados -- uma das mais influentes organizações de dissidentes cubanos residentes em Miami. Sergio de Paz, diretor da entidade, estava entusiasmado com a manifestação: "Não esperava ver tão cedo uma marcha dessas em plena Calle Ocho de Miami. Espero que a Virgem de Fátima proteja Cuba e liberte não só os prisioneiros políticos, mas toda nossa pátria do jugo comunista".
Veja:
http://www.catolicismo.com.br
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