Reforma Agrária, um luxo miserabilista
25/04/2005
Boletim Eletrônico de Atualidades da TFP-Fundadores
No País onde se diz que existem milhões de famintos, e onde as estatísticas
oficiais apresentam um índice alarmante de obesidade, despeja-se bilhões
num programa fracassado em todo o mundo. Fracassado aqui também, apresenta-se
agora como indispensável a mundança dos índices de produtividade
para tomar mais terras dos fazendeiros para nelas assentar novas “favelas
rurais”. O campo está em perigo. E com ele o Brasil.
A Reforma Agrária apresentou fracassos em todo o
mundo.
Em nenhum país, na história da Humanidade
houve reforma agrária que tivesse resultados positivos. Em toda parte,
só trouxe miséria e fome. A tal ponto que praticamente todos os países em
que houve Reforma Agrária, estão voltando atrás e revogando as respectivas
leis. Assim foi na Rússia, na Ucrânia, na Hungria, no Chile, em Portugal,
no México, em Angola e até na China comunista. Não se gasta mais tempo
nem dinheiro com ela.
O caso do Japão é paradigmático: depois
da Segunda Guerra Mundial, foi imposta a Reforma Agrária, modificando
a sua estrutura fundiária tradicional. Resultado: fracasso! Recentemente
foram realizados estudos sobre como aumentar a produção nas suas poucas
terras cultiváveis (mais de 75% do Japão são montanhas ou florestas)
para diminuir a dependência da importação de alimentos. Resultado do
estudo: uma anti-reforma agrária, isto é, uma legislação que favoreça
a aglutinação da propriedade. Razões: o pequeno proprietário tem psicologia
de subsistência e o grande de produção. Se se quer
aumentar a produção, é preciso aumentar a dimensão das propriedades!
No Brasil, uma insistência utópica.
Só no Brasil, por um verdadeiro obscurantismo
socialista, funcionando na contra-mão da História, se insiste na
Reforma Agrária, apesar dos assentamentos do INCRA se transformarem sistematicamente
em favelas rurais, como está comprovado em diversos estudos publicados
e por ninguém refutados.
Entende-se a razão verdadeira...
Essa insistência tem uma razão de ser.
Diz o Documento Básico do MST: " as
ocupações e outras formas massivas de luta pela terra, vão educando as
massas para a necessidade da tomada do poder e da implantação de um novo
sistema econômico: o socialismo!"(cfr. Documento Básico do MST - aprovado
pelo VI Encontro Nacional.
Quanto mais o socialismo fracassa, mais ele se apresenta como solução.
Incapaz de trazer soluções econômicas
ou sociais, o socialismo só se mantém através de ditaduras férreas ou
pelo engodo. Onde fracassa, e sempre fracassa, volta a levantar suas
bandeiras surradas para apresentar-se novamente como salvador da pátria.
Usando subterfúgios, nunca
apresentando sua verdadeira face, arregimenta incautos que lhe servem
de massa de manobra. E repetem novamente a mesma história. Organizam a chamada “sociedade civil organizada”,
expressão marxista-gramsciana, um eufemismo para
designar grupos de pressão dirigidos, para passar a idéia de que a sociedade
lhes apóia. E sempre gastando muito.
Conluio com a esquerda católica.
Triste é o papel a que se presta nessa
conjuração a esquerda católica. Que também é socialista,
apesar dessa doutrina ter sido sistematicamente condenada por todos os
Papas como contrária ‘a ordem natural e ‘a doutrina da Igreja. Apenas
de passagem, lembramos que o principal objetivo do socialismo é a destruição da
propriedade privada e da família. Mas só se fazendo passar por “católico” que
o socialismo seria aceito por uma parcela de nossa população. Para isso
a esquerda católica derrama bênçãos sobre a Reforma Agrária, afirmando
ser ela necessária, mas sem refutar nenhum dos argumentos que mostram
que ela o primeiro passo para a destruição dos fundamentos da civilização
cristã ocidental.
CPT – CIMI – MST uma união para incendiar o campo
Comissão Pastoral da Terra, Conselho Indigenista Missionário, ambos órgãos da CNBB,
MST – Movimento dos Sem Terra, incumbem-se de incendiar o campo. Para este
mês de abril está e execução o “Abril vermelho”, com invasões de propriedades
rurais, prédios públicos e até do Ministério da Fazenda. A este respeito João Paulo II declarou em 26-11-2002,
ao receber os bispos brasileiros da região Sul III e IV:” Para alcançar a
justiça social, se requer muito mais que a simples aplicação de esquemas
ideológicos originados pela luta de classes como por exemplo, através da
invasão de terras – já reprovada na minha viagem Pastoral em 1991 – e de
edifícios públicos ou privados”. (www.vatican.va)
Como não servem a seus esquemas ideológicos, já morreu o 21º indiozinho guarani,
de desnutrição, sem que merecesse do CIMI nenhuma atenção. O CIMI está preocupado,
isto sim, com a montagem de acampamento de cerca de 600 indígenas na Esplanada
dos Ministérios para coincidir com a Marcha dos sem-terra a Brasília. Esses
movimentos, segundo informou o coordenador nacional do MST,
Gilmar Mauro ‘a Agência Carta Maior “foram adiados por causa do envolvimento
da Igreja, importante parceira da Via Campesina na luta pela reforma agrária
em atividades ligadas ‘a morte de João Paulo II e ‘a sua sucessão”.
O PT faz acordo
João Pedro Stédile e outros líderes
do MST se reuniram com a cúpula do PT. Selaram um acordo. O MST poupará o
presidente Lula de críticas. Enquanto isso o PT pressionará a
cúpula econômica para liberar verbas para a Reforma Agrária. E vão tentar
liberar mais 1,3 bilhões de verbas congeladas, além dos 400 milhões já liberados
para o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Luxo em verbas para favelas rurais, suor para os proprietários rurais
Enquanto esse luxo vai povoando nosso território
de favelas rurais, os proprietários rurais terão que suar muito mais
para que suas propriedades não sejam desapropriadas pelos novos índices
de produtividade que se quer implantar. Se aprovados, o INCRA poderá perseguir
os proprietários rurais com muito maior vigor, e aumentar suas áreas
destinadas aos kolkhozes que saem de sua ação persecutória.
Lembramos
aqui as palavras do Papa Pio XI em
sua Encíclica Divini Redemptoris:” Os pobres são as maiores vítimas dos
embusteiros que exploram sua miserável condição, para lhes despertar
inveja contra os ricos e excita-los a tomar
para si, pela força, aquilo que lhes parece injustamente recusado
pela fortuna” . A situação dos assentados é pior ainda. A terra que
lhes é prometida não é para eles. É para o Estado, que já levou dos
particulares a área que corresponde a duas vezes o território de
Portugal. É nisso que a utopia para uns se transforma numa luxuosa
realidade para outros...
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