Para os sem terra, tudo
Para os militares, nada


16/05/2005

Boletim Eletrônico de Atualidades da TFP-Fundadores

Os fatos falam por si mesmos. De um lado bilhões gastos a fundo perdido numa Reforma Agrária cujo fracasso já esta amplamente documentado. Um de seus agentes, o MST é tratado com honras e muito dinheiro vindo de fora, dos cofres públicos e amplo apoio logístico dispensado por governos para sua mais recente marcha-demonstração de força e prestigio, onde não falta apoio da esquerda católica. Fazem escancaradamente doutrinação marxista durante a marcha e exibem uma arrogância como se fossem donos do país e estivessem acima da Lei. De outro lado, pobres senhoras dos militares são tratadas com indiferença e desdém.

Como a CPT e a esquerda católica tratam uma e outra entidade?

O comentário que segue nos dois próximos subtítulos é da jornalista Márcia Peltier no Jornal do Brasil:

Show 1

Foto: Valter Campanato/ABr A marcha do MST, que deverá chegar em Brasília dia 17, com seus 11 mil integrantes, tem uma logística invejável. Ambulância, carros de apoio, computadores, e um sistema de comunicação integrada com a imprensa, além de cestas básicas garantidas. É uma verdadeira caravana rolidei”.

Show 2

“Já o espetáculo das mulheres dos militares que estão acampadas na Esplanada do Ministério, está longe de ser um show. Sem apoio nenhum, uma das manifestantes passou mal, ontem, e não tinha sequer dinheiro para comprar remédio. Foi ajudada por um passante”.

Dois pesos e duas medidas

Os militares, homens da lei e do silêncio, sempre foram tratados como heróis da pátria. Não é de se esperar deles arrogância e muito menos descumprimento da lei. Acostumados ‘a hierarquia, sentem-se até constrangidos ao reivindicar algo para si mesmos. Suas mulheres estão em manifestação para pedir uma simples reposição salarial, enquanto seus maridos continuam trabalhando seja no Haiti, seja na Amazônia, seja no apoio ‘as Policias Estaduais, seja nos quartéis. Não nos consta que alguma Pastoral da CNBB esteja dando apoio a essas mulheres.

Do outro lado a baderna invasora, arrogante e acima das leis, recebe o apoio do Arcebispo de Goiânia, D.Washington Cruz, que procurou, no início do ano o Governador Marconi Perillo e conseguiu dele um amplo apoio logístico, sem o qual essa manifestação não conseguiria se realizar. Soma-se a esse apoio o da Prefeitura de Goiânia e diversas prefeituras por onde a marcha vai passando. Como , logicamente, não podem contar com apoio dos fazendeiros, vão invadindo onde precisam acampar. Já estão na oitava invasão.

Os custos dessa marcha não ficam nos que a mídia tem chamado a atenção. Segundo Jean Maria Tomazela, do jornal O Estado de São Paulo, “ o MST levou 11 meses para treinar 3 mil militantes em 23 Estados para os postos de comando, numa estrutura cuja hierarquia e disciplina se assemelham ‘as de um exército”. Quem custeou tudo isso?

A CPT – Comissão Pastoral da Terra está presente

Além da presença da CPT, outros grupos religiosos acompanham a marcha. O mais numeroso é o da Presença Solidária da CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil, com 100 freiras acompanhando a marcha. Uma delas declarou que “nossa missão é estar onde o povo sofre”.

E as mulheres dos militares? Não sofrem? Onde estão as irmãs para conforta-las?

Doutrinação para uma nova sociedade

Foto: Valter Campanato/ABrDurante ‘as tardes, os “Marchantes” como são chamados, que receberam 10 mil mochilas contendo cadernos, caneta, cartilha da Reforma Agrária, livros de Karl Marx e Florestan Fernandes recebem doutrinação. Não faltam bandeiras com a imagem de Che Guevara, que encabeça a marcha ao lado da bandeira do Brasil, ou cartazes da “Brigada Olga Benário” entre outros ícones do comunismo internacional. Os temas das reuniões quase sempre envolvem questões ideológicas. Como esta de Pedro Simas, da Via Campesina:” Este é um momento de outras possibilidades, por isso colocamos nosso exército de trabalhadores nas ruas, para mudar a realidade que aí está e construir uma nova sociedade.

Um exército?

Cremos ler na consciência de nossos leitores: O MST não estaria preparando um exército revolucionário? Eis o que relata Antonio Sepúlveda, jornalista do Jornal do Brasil: na marcha do MST “ dez mil radinhos garantem a pregação socialista e o toar de marcha político-militares e revolucionárias, transmitidas por um trio elétrico. Uma delas, a Marcha Brasil, tem um refrão politicamente explícito e literariamente medíocre: “Marcha Brasil, ergue a tua voz / Um novo país só depende de nós / Um país socialista queremos construir / Junto com o povo queremos resistir / É hora, camaradas / Não podemos desistir”. Não tiveram nem o cuidado de substituir o “camarada” soviético pelo “companheiro” petista!
Também cantam hino de marcha que tem o refrão: "um dia eu avistei uma bandeira em minha frente / o coração bateu muito forte, senti algo diferente / sua cor era vibrante, cor de sangue da gente".
Pois é isso que a esquerda católica quer para o Brasil. Por isso ao MST tudo, aos militares nada.

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