Novas ameaças a países ocidentais
22/05/2005
Jean Goyard
A
convite da TFP francesa, o general Menanteau proferiu brilhante conferência
em Paris, expondo os perigos que rondam o mundo ocidental e cristão, como
o risco que representam as organizações terroristas
Paris –– A TFP francesa promoveu no dia 30 de março último,
no Salon Hoche, prestigioso centro de convenções próximo
ao Arco do Triunfo, concorrida conferência do general Pierre Menanteau.
Antigo combatente em Dien Bien Phu, no Vietnã, professor das Escolas
do Exército e membro da equipe encarregada de dotar a França
de armamento nuclear, o conferencista foi ainda comandante de uma base aérea,
tendo concluído sua carreira após 10 anos de serviço na
indústria bélica.
Ninguém, pois, mais abalizado para tratar do tema: De que ameaças
defender-se no mundo de amanhã?
Das muitas ameaças, destacou a multiplicação dos Estados,
que em meio século passaram de 40 para 170, tornando-se facilmente fontes
de conflito; certos efeitos da globalização, como propiciar o
entrechoque dos países industrializados com os produtores de matéria-prima;
a mundialização da informação; os fluxos migratórios,
com ascensão dos movimentos islâmicos.
Público presente à palestra do general
Menanteau |
Mostrou também a grave lacuna representada pela baixa natalidade. Como
peso demográfico, há 20 anos a população ocidental
representava um terço da mundial, enquanto atualmente não passa
de 10%. Vale lembrar o dito de Marc Laulan: “a maior riqueza de um país é a
dos berços”.
Discorreu sobre a guerra econômica e a inclusão nela de dois novos
blocos, constituídos pela Índia e a China — país
este com uma população miserável. Essas economias, já se
pressente, serão fontes de conflitos e, juntamente com o Paquistão,
o Irã e as duas Coréias, recusarão o sistema de valores
ocidentais.
Tratou também do tráfico de dinheiro e das economias subterrâneas
baseadas na droga, no turismo sexual, na prostituição, no crime
organizado e na tomada de reféns. Afirmou, por exemplo, que o volume
de negócios decorrentes do tráfico de drogas é superior
ao da indústria automobilística mundial, e que seus principais
produtores são o Paquistão, a Turquia e o Irã. Como se
isso não bastasse, há também os grupos que operam grandes
transferências de capital, “lavando-os” com vistas a legalizá-los
e se tornarem verdadeiras potências financeiras, que obtêm poder
real e forte influência sobre os Estados fracos.
Referiu-se com especial ênfase a um terrível tráfico do
qual poucos se lembram: o de armas nucleares. Com efeito, há alguns
anos a Rússia anunciou o extravio de algumas de suas ogivas nucleares
durante e após a queda da Cortina de Ferro.
Concluiu chamando a atenção para o perigo constituído
pela imigração muçulmana, cuja população
pratica a poligamia, e portanto se multiplica na mesma proporção
do perigo que ela representa na linha do terrorismo. Só na Île-de-France — área
correspondente ao centro de Paris — existem cerca de 30 mil famílias
desse gênero.
Veja:
http://www.catolicismo.com.br/
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