Cupins e outros insetos sociais
29/07/2005
Boletim Eletrônico de Atualidades
Eles são pequenos, mas agem sorrateiramente e em enorme quantidade.
Causam grandes estragos. Quando se percebe o mal está feito e muitas
estruturas destruídas. A atuação de certos movimentos
religiosos e sociais, incluindo algumas ONGs é semelhante. O dano – irreversível. É preciso
agir com presteza para denunciá-los e combatê-los. Plinio Corrêa
de Oliveira mostra toda sua importância, num livro atualíssimo
apesar de escrito há mais de 20 anos. O
11º Intereclesial das CEBs por uma nova Igreja e uma nova
sociedade
Passou quase despercebido
o 11º encontro das CEBs- Comunidades Eclesiais
de Base”, realizado em Ipatinga/MG, entre os dias 19 e 23 de julho passados
com a presença de 3806 participantes, sendo 3219 delegados, 112 assessores,
89 indígenas e 288 convidados,420 religiosas e religiosos, 380 padres,
50 bispos católicos e 2 anglicanos. Participaram também 70 pessoas
vindas de outros países, inclusive a equipe de Articulação
Continental das CEBs e delegados latino-americanos e caribenhos que se reuniram
de 14 a 17 de julho em Cariacica, ES.
O encontro foi saudado
em mensagem a ele dirigida, em nome da CNBB, por D.Geraldo Majella Agnelo,
Presidente
da entidade, que lhes recomendou “aprofundar
o tema da espiritualidade libertadora. Disse que “é Jesus de Nazaré quem
nos mostra onde estão as raízes mais profundas da escravidão
e de uma “cultura de morte”, e nos aponta o caminho que leva a
defesa e promoção da vida e a um renovado compromisso com os
excluídos de nossa sociedade”. Lembra também o purpurado
que o tema exclusão foi também indicado como um dos eixos do
tema central da próxima Assembléia Geral da CNBB, a realizar-se
em Itaici, SP, no próximo mês de agosto.
Para D.Agnelo, nesses trinta
anos de caminhada, as CEBs do Brasil têm
sido sementeira de movimentos sociais e escola de formação de
cristãos/ãs engajados/as na realidade eclesial e social, a partir
da práxis no campo político e social”
Incentivados assim pela
CNBB, em cuja nota transparece a linguagem da Teologia da Libertação, trataram os participantes do evento em aprofundar
o tema da Exclusão relacionando as CEBs com a Espiritualidade Libertadora;
com a Dignidade e a Promoção da Cidadania; com a Formação
de Novos Sujeitos, capazes de contribuir para a construção de
um outro mundo possível; com a Via Campesina, tendo presente a ecologia
, a questão do uso da terra e da água no campo e nas cidades,
e reforma agrária; e finalmente com a Educação Libertadora.”
Comprometem-se também a seguir somando forças com os movimentos
populares, sindicais e outras instituições da sociedade civil
e a mobilizarem-se para mudar “esta situação, engrossando
o mutirão
“Por um Novo Brasil, a que nos chama a IV Semana Social Brasileira”.
Estas informações tiramos todas da “Carta das CEBs do
11º Intereclesial ao Povo de Deus” e da “Saudação
da Presidência da CNBB aos participantes do 11º Encontro Intereclesial
das CEBs”.
Compromisso social das CEBs
Seguindo as trilhas da
Teologia da Libertação e sua semântica,
as CEBs consideram-se “ setores lúcidos (que) conseguem articular
fé e política e colocam a religião s serviço de
todos, principalmente das minorias abandonadas e excluídas” .
Contam levar avante o projeto Evangelização do Novo Milênio,
com que a CNBB quer renovar a vida cristã, criando uma nova cristandade
socialista. A esperança é que esse projeto transforme-se numa
boa oportunidade para multiplicar por 3 ou por 4 as 80.000 CEBs do Brasil.
(cfr. Cone Sul, uma Igreja para a Liberdade, vários autores coordenados
pela Agência ADITAL, Edições Loyola, São Paulo,
Brasil, 2003).
Essa corrente prega que
a Igreja está atualmente num processo de involução
que traz o “desafio de como permanecer no seu engajamento em prol dos
direitos humanos e das lutas pela justiça social por meio das pastorais
sociais, das campanhas da fraternidade, do resgate das dívidas sociais,
da atuação em partidos políticos, movimentos sociais,
e mesmo dentro dos organismos governamentais”. (op. cit. , pág.
58).
Julgam também ser necessária uma “democratização
interna da instituição eclesial, revendo, inclusive as funções
papais”, resguardando “o papel específico dos leigos e mudar
suas posições anacrônicas sobre a presença da mulher
nas instâncias decisórias” (idem, pág. 59)
Dentro dessa concepção, a “embrionária estrutura
pastoral, formada pelo tripé CNBB-CEBs-Pastorais, apoiadas na sistematização
dada pela Teologia da Libertação, representa uma inovação
criativa diante da antiga estrutura clerical herdada do séc.XI” (idem
pág.63).
E concluem: “ esse grande processo histórico terá que
criar novas estruturas sociais e sistemas de pensamento, novas teologias e
modos de agir. A década que se inicia será a da constituição
de novas forças sociais” (idem pág. 65).
Como os cupins,
agindo nos organismos sociais, essas estruturas, aliadas, arrasariam a
Igreja e
a Civilização Cristãs até os
alicerces.
Trata-se aqui da mesma
corrente, surgida nos anos 60, dos chamados “grupos
proféticos” incrustados na Igreja que visavam transformá-la
numa Igreja Nova, atéia, dessacralizada, desmitificada, igualitária
e posta a serviço do comunismo, que Plinio Corrêa de Oliveira
denunciou nas páginas do mensário de cultura “Catolicismo”.
Seguiu depois seu caminho pelas trilhas da Teologia da Libertação.
Esta, em que pese ter sido formalmente e sem rebuços condenada por João
Paulo II na abertura da III Conferência do Episcopado Latino-Americano
em Puebla (México), continuou fazendo suas devastações.
Foi assim na Nicarágua e no Haiti.
Está patente assim o perigo que representam as CEBs, animadas e apoiadas
que são pela CNBB em todo o território nacional. Sua ligação
com a CNBB, segundo as próprias CEBs, lhes dá a identidade eclesial,
mesmo quando não são reconhecidas pelo bispo ou pároco
local. Proliferando essas comunidades arrasariam a Igreja e a Civilização
Cristã até os alicerces.
Há mais de 20 anos Plinio Corrêa
de Oliveira denunciou o perigo das CEBs
Em agosto de 1982, Plinio
Corrêa de Oliveira, com ampla documentação
coletada por Gustavo e Luiz Sergio Solimeo, lançou um livro intitulado:
As CEBs... das quais muito se fala e pouco se conhece, no qual descreve as metas das CEBs no contexto brasileiro, seus
métodos de aliciamento, seu linguajar, suas ligações com
a CNBB e a Mídia e o drama da autodemolição da Igreja.
Na segunda parte, Gustavo
e Luiz Sergio Solimeo descrevem a gênese,
a organização, a doutrina e ação das CEBs.
Um aspecto interessante
e muito atual, com o qual Plinio Corrêa de Oliveira
abre o primeiro capítulo,
é o processo pelo qual as elites sociais brasileiras, embaladas por
uma alternativa otimismo-desalento, são levadas ‘a inércia
diante de elementos tão desagregadores. E apresenta o estudo como um
convite ‘a ação.
Atualíssimo, como se pode ver, o livro encontra-se ‘a disposição,
na íntegra, em:
http//www.pliniocorreadeoliveira.info
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