Membros da TFP européias na Lituânia
20/10/2005
Felipe Del Campo
Com
muito esforço, a Lituânia livrou-se das garras do regime comunista,
mas cicatrizes daquela tirania ainda persistem 15 anos depois. É a impressão
de jovens de TFPs européias em recente visita àquela sofrida nação.
Membros
de TFPs de diversos países europeus foram recebidos
em agosto último
pelo Comitê dos Deputados, signatários da ata da Independência
da Lituânia em relação à ex-URSS, em 1990. A Sra.
Birute Valionyte, presidente do mencionado comte, recordou o abaixo-assinado
de cinco milhões de assinaturas:
“
A ação dos senhores há 15 anos foi muito importante,
porque nós estávamos sem apoio. Nos anos 90, os grandes países
disseram-nos para esperar, para não criarmos problemas, a fim de não
perturbar a política com a URSS. Com isso, entendemos que estávamos
sozinhos. Ninguém queria fazer o trabalho pela nossa independência.
Assim, eu quero dizer uma palavra de especial agradecimento: a campanha dos
senhores ajudou a mudar a atitude da URSS e dos outros países que
depois reconheceram a nossa independência. Depois da assinatura, no
dia 11 de março, vimos a onda de outros países da URSS também
pedindo a independência”.
No almoço oferecido pelo Sr. Ceslovas Jursenas, atual vice-presidente
do Parlamento lituano, ele afirmou: “Estamos contentes pelo que os senhores
fizeram pela Lituânia e outros Estados”.
Mons.
Antanas Vaicius, bispo emérito de Telsiai, coroa a imagem
de Nossa Senhora de Fátima |
Ao longo de uma semana, os membros das TFPs européias foram recebidos
em lugares marcados pela crueldade anticatólica, perpetrada pelos comunistas. As histórias
eram estarrecedoras: igrejas transformadas em fábricas ou depósitos,
atrocidades cometidas com sadismo contra camponeses, marcas de tiros em imagens
religiosas.
A mentalidade comunista deixou sua marca. Ela continua visível na arquitetura
sem beleza, no miserabilismo que custa desgarrar-se dos costumes, na alarmante
inércia frente à imoralidade das modas, na diminuição
da freqüência dos jovens à igreja.
Mons. Antanas Vaicius,
bispo emérito de Telsiai, vendo leigos
que dedicam todo seu tempo à Santíssima Virgem, salientou: “Vocês
dão o bom exemplo para os outros católicos. Estamos agradecidos
pelo que os senhores fizeram quando estávamos presos e pelas visitas
que vocês realizam aqui”.
Portando uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, a delegação
das TFPs européias participou da histórica procissão, realizada anualmente
ao santuário mariano de Siluva — símbolo da resistência
do povo lituano.
Veja:
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