Ação Família difunde 2.700.000 folhetos contra o aborto


13/02/2007

José Carlos Sepúlveda da Fonseca

Tendo o objetivo de esclarecer a opinião pública acerca de um próximo referendo sobre o aborto, dois milhões e setecentos mil folhetos já foram distribuídos em Portugal por essa entidade

Lisboa — No dia 11 de fevereiro, Portugal realizará um novo referendo sobre o aborto. Na prática, a consulta popular diz respeito à possibilidade do livre aborto até à décima semana de gravidez. Em uma consulta semelhante, em 1998, os partidários do NÃO tinham obtido uma vitória surpreendente, contrariando todas as previsões das pesquisas de opinião. Desde então, por diversas vezes, vozes geralmente da esquerda exigiam a realização de um novo referendo.

Para os católicos é inadmissível a realização de um referendo para este fim, uma vez que o direito à vida, consagrado na Lei natural e na Lei de Deus, não pode ser submetido à consulta popular. Entretanto, uma vez convocado pelo presidente da República o dito referendo, não resta aos católicos portugueses, em consciência, senão o dever de votar NÃO, pois a simples abstenção já é de molde a favorecer a aprovação da prática livre do aborto.

Foi isso que Ação Família frisou no folheto do qual fez distribuir dois milhões e setecentos mil exemplares por todo o país. (Vide folheto abaixo)

Além disso, e relembrando o 90º aniversário das aparições de Fátima, Ação Família convida os católicos a uma súplica nacional. Fazendo eco a um dos mais importantes pedidos de Nossa Senhora na Cova da Iria, o texto do folheto apela a que os portugueses que aderissem à campanha se comprometessem a rezar o terço, pelo menos uma vez antes do referendo, para que Maria Santíssima afaste de Portugal essa ameaça.

 

Saiba mais sobre Ação Família

Ação Família nasceu após o apelo insistente de inúmeras famílias portuguesas preocupadas com a crescente disseminação na sociedade de valores antifamiliares. Essa ação perniciosa é levada a cabo por certos órgãos da mídia, de forma particular canais de televisão disputando entre si as audiências e procurando sobretudo o lucro, e revela uma ausência quase total de parâmetros morais na sua atuação.

Embora constituída por leigos, a associação tem a sua fonte de inspiração na doutrina católica, procurando influenciar a sociedade civil e a cultura. Ao agir assim, esforça-se para pôr em prática os apelos de diferentes pontífices, de trabalhar pela implantação do "Reinado Social de Cristo" segundo palavras do Papa Pio XI, ou da "evangelização da cultura", para citar João Paulo II.

Por outras palavras, a associação pugna pela defesa e vigência dos valores cristãos na sociedade, na cultura, na legislação e nos hábitos sociais.

* * *

Um dos propósitos principais da sua atuação é a defesa da instituição familiar. Foi fundada no ano 2000, numa conjuntura particularmente crítica em Portugal, quando começavam a ser introduzidos no país os reality shows, apelidados mais tarde pela crítica televisiva de telelixo.

Naquela ocasião, jovens simpatizantes de Ação Família difundiram, nas ruas de várias cidades de Portugal, muitos milhares de exemplares de um manifesto no qual se apelava para os diretores dos canais de televisão e para o organismo estatal responsável pelos conteúdos veiculados pela mídia, para que fossem mais responsáveis na sua conduta. Esse documento constitui, por si só, um programa de atuação para Ação Família.

Este objetivo geral é assim definido nos estatutos: "A Associação tem por objeto a defesa da instituição familiar e do matrimônio cristão, bem como dos valores da cultura ocidental".

A associação tem procurado, sobretudo, atingir as capilaridades da opinião pública através do sistema de mass mailing e de telemarketing, que permitiu gerar um relacionamento amplo e personalizado com os seus aderentes.

Veja:
http://www.catolicismo.com.br/
http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?

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