Castelo medieval: imagem para simbolizar um simpósio de estudos
05/04/2007
Nelson Ramos Barretto
No
período do carnaval, jovens universitários reuniram-se na cidade
mineira de Lavras, para analisar importantes temas relacionados a assuntos religiosos,
históricos e culturais
Conferência para turmas A e B |
“
Estou maravilhado com tudo o que estou vendo e ouvindo. Gostaria de ter conhecido
este movimento antes. Eu estava com a prática da Religião católica
abandonada e esquecida. Agora quero voltar a praticá-la. Não
sei como agradecer o convite para participar do simpósio”. Assim
se manifestava um jovem paulista, entre os 40 participantes do VIII Simpósio
de Estudos, promovido pela Associação dos Fundadores no Hotel
Alvorada, Lavras (MG), entre os dias 17 e 20 de fevereiro. Os jovens presentes
ao evento eram provenientes do Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
São Paulo e Paraná.
Círculo de estudos |
Cortejo
com imagem de Nossa Senhora |
Com um cortejo conduzindo uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, do
saguão do hotel até o auditório principal, iniciou-se
o simpósio. Na abertura, o Prof. Paulo Corrêa de Brito Filho utilizou
a figura de um castelo medieval para explicar que — naqueles dias de
estudo — seriam levantadas as muralhas com suas ameias, o donjon e a
capela do edifício, através de conferências de natureza
religiosa, histórica e cultural, todas alicerçadas no estudo
da obra Revolução e Contra-revolução, de Plinio
Corrêa de Oliveira.
* * *
Visita
cultural a São João del Rey |
São João del Rey foi o palco do programa cultural, tendo os participantes
haurido os esplendores da civilização católica herdada
dos portugueses, visíveis na multiplicidade e beleza de suas igrejas,
capelas, oratórios do século XVIII e na expressão das
esculturas barrocas de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Maria Santíssima
e dos santos. O melhor do ouro extraído naquelas terras destinava-se
a edificar igrejas e ornar altares. O coração do povo era generoso
em donativos nas construções de igrejas das várias irmandades
da época. Até os escravos juntavam ouro para a construção
de suas igrejas.
]
Diante
da igreja de São Francisco |
Aleivosias revolucionárias foram desmascaradas, como o “imposto
escorchante” da época, o quinto do ouro, na verdade representando
20% do ouro extraído, ou seja, o correspondente a apenas um de nossos
impostos vigentes, o ICMS. Se compararmos com os nossos dias, quando pagamos
exatamente o dobro em impostos, cerca de 40% do que produzimos... E pensar
que com aquele quinto do ouro os reis de Portugal administravam bem o Reino
e favoreciam a fundação de cidades cuja beleza, seriedade e sacralidade
despertam o deslumbramento de visitantes dos quatro cantos do mundo!
* * *
Exposição
sobre Ambientes e Costumes |
A devoção a Nossa Senhora — o donjon do castelo contra-revolucionário — foi
explicada na conferência sobre o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima
Virgem, segundo São Luís Grignion de Montfort. A formação
religiosa foi complementada pelas palestras: Vida interior, alma de todo apostolado,
baseada no livro do célebre trapista francês Dom Chautard; A oração,
grande meio da salvação, de Santo Afonso Maria de Ligório,
ao ressaltar que a devoção, a reza do rosário diário
e a comunhão freqüente fazem parte necessária da piedade
de um contra-revolucionário.
Sessão
de encerramento: distribuição de lembranças |
Uma palestra muito viva
sobre os ambientes contemporâneos, com projeção
de slides, procurou mostrar a degradação dos costumes, a vulgaridade
dos trajes e dos modos de ser, o horrendo da arte moderna pela quebra das regras
da estética, da lógica e do senso do ser, em contraste com a
maravilhosa obra de Deus, refletida na criação. O conferencista
se baseou no ensinamento dos Evangelhos –– “Sede inocentes
como as pombas e prudentes como as serpentes” –– explicado
pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira nas páginas de Catolicismo,
seção Ambientes, Costumes, Civilizações.
No encerramento, falaram
representantes das cinco unidades da federação
presentes, resumindo as impressões, graças e ensinamentos recebidos
naqueles dias de estudo e oração.
Veja:
http://www.catolicismo.com.br/
|