IV Congresso Mundial das Famílias


08/06/2007

Leonardo Przybysz
Slawomir Skiba

3.400 pessoas de 60 países participaram do congresso, realizado neste ano em Varsóvia (Polônia), de 11 a 13 de maio. Os três últimos ocorreram em Praga (1997), Genebra (1999) e Cidade do México (2004).


Palácio da Cultura e Ciência, na capital polonesa

Varsóvia — Entre as delegações do IV Congresso Mundial das Famílias, marcaram forte presença grupos das TFPs da Polônia, Estados Unidos, França, Alemanha e Itália. Entre os patrocinadores da importante reunião internacional em defesa da família tradicional, destacamos a TFP norte-americana e a Associação Pe. Piotr Skarga, sediada em Cracóvia.

“A família, primavera para a Europa e o mundo” foi o lema do Congresso neste ano, considerado o maior evento internacional pró-família, que contou com 3.400 participantes — em sua maioria líderes que atuam em defesa da instituição familiar em diversos países. O evento teve lugar no Palácio da Cultura e Ciência, na capital polonesa.

Durante os encontros, todas as atenções estiveram muito voltadas para a trágica situação demográfica da Europa, sendo essa a preocupação mais generalizada entre os participantes.

O Prof. François Gérard Dumont, demógrafo francês da Sorbonne, advertiu que, caso a Europa não aumente a taxa de natalidade, em breve ela se defrontará com uma grave crise econômica e cultural. Essa é a triste conseqüência da limitação de filhos por casal. Acrescentou ele que a crise demográfica na Europa se caracteriza pelo aumento do número de pessoas idosas e pela diminuição da população jovem. Há 50 anos a percentagem de pessoas acima de 60 anos era de 15%; hoje atinge 22%. A Europa é hoje o continente onde se observa a maior falta de reposição de gerações. A população diminui a cada ano. Essa tendência começou a ser observada já nos anos 60, sobretudo a partir da infausta Revolução da Sorbonne de maio de 68.


Aspectos de vários dos stands do congresso
O professor americano Phillip Longman observou que esse inverno demográfico ameaça também os Estados Unidos. E o professor russo Anatolij Antonov afirmou que a família, na Rússia, é destruída atualmente como o foi no período comunista, e que a suposta política pró-natalidade do presidente Putin é mito e mentira. A conseqüência de tal política consiste, entre outras coisas, no fato de que 76% das famílias estão se desfazendo, e a duração média de um casamento é de apenas nove anos. De cada quatro casamentos, três se desfazem hoje em dia na Rússia.

O ex-presidente da Assembléia Legislativa polonesa, Marek Jurek, asseverou que é necessário a vida ser garantida pelas constituições, desde a concepção até a morte natural, não somente na Polônia mas no mundo inteiro.

O bispo polonês D. Stanislaw Stefanek disse que constituem ataques à família não só a propagação do divórcio e das uniões livres, mas também a dúvida criada sobre a própria definição de casamento e de seu sentido. Essa tendência leva muitos políticos a tolerar manifestações de movimentos homossexuais, mesmo não sendo eles favoráveis ao homossexualismo, o que representa uma posição que se opõe ao próprio bom senso.

Entre outros, também fizeram uso da palavra: Roman Giertych, ministro da Educação e vice-primeiro ministro da Polônia; Ellen Sauerbrey, assistente do secretário de Estado norte-americano para População, Refugiados e Imigrantes; Inese Slesere, membro do Parlamento da Letônia; Christine de Vollmer, presidente da Aliança Latino-americana para a Família; Allan Carlson, secretário internacional do Congresso Mundial das Famílias; Katarzyna Mazela, dirigente do comitê organizador e vice-presidente do Fórum das Mulheres Polonesas; Pat Fagan, pesquisador da Heritage Foundation; Bill Saunders, do Conselho de Direitos Humanos do Family Research Council; Pe. Thomas Euteneuer, presidente do Human Life International; Yuri Mantilla, do Focus on the Family.


Entre outros temas, também se criticou: a agenda do movimento homossexual, que propugna o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo; o aborto; a pornografia e seu efeito deletério em relação à família; os desagregadores efeitos psicológicos que programas televisivos exercem sobre a família; as políticas socialistas destrutivas do princípio da propriedade privada e da livre iniciativa. Debateu-se ainda a luta demográfica empreendida em diversos países incentivando o índice de nascimentos,

Os participantes do congresso sugeriram soluções positivas para vários desses problemas.

Ação internacional pró-família


O Congresso Mundial das Famílias é uma rede internacional que reúne organizações pró-família, pesquisadores e líderes, tendo como finalidade restaurar a família natural como unidade social fundamental e semente da sociedade civil.

 

Foi fundado em 1997 em Rockford (llinois – EUA), por Allan Carlson, presidente do Howard Center for Family, Religion & Society.

Veja:
http://www.catolicismo.com.br/

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