Fátima: 1917 – 2007
06/07/2207
Carlos Eduardo Schaffer
Correspondente - Áustria
Na
comemoração dos 90 anos da primeira aparição de
Nossa Senhora na Cova da Iria, cerca de 600 mil devotos acorreram ao Santuário
de Fátima em Portugal
 Neste 90º aniversário da aparição da Santíssima
Virgem aos três pastorinhos portugueses, Lúcia, Francisco e Jacinta,
estive em Fátima acompanhado de alguns amigos, como representante da
entidade Aktion Österreich braucht Mariens Hilfe (A Áustria necessita
da ajuda de Maria). Nossa missão consistiu em levar, em nome dos participantes
da entidade, agradecimentos e súplicas, simbolizados nas pequenas velas
que cada um deles nos tinha enviado pelo correio, para serem acesas aos pés
da imagem de Nossa Senhora de Fátima. Como milhares de participantes
enviaram suas velinhas, todas elas foram fundidas em quatro grandes círios.
Aproximamo-nos de Fátima no dia 13 de maio pela manhã. Todos
os acessos estavam totalmente congestionados desde a madrugada. De todas as
direções afluíam milhares de peregrinos em direção
ao Santuário. Quando chegamos, a grande esplanada já estava quase
lotada, e de todos os lados continuavam a chegar torrentes de pessoas; eram
adultos, jovens, crianças e idosos, famílias inteiras, grupos
religiosos ou de leigos das mais variadas nacionalidades. Em todos transparecia
um espírito de muita fé e esperança nas promessas de Nossa
Senhora.
 Enquanto aguardavam o início das cerimônias, os devotos tranquilamente
rezavam o terço, individualmente ou em grupos, mas em voz baixa, respeitando
as demais presenças na multidão. Impressionou-me que, em nenhum
momento, houve certo tipo de manifestação de entusiasmo “roqueiro”,
que se vem tornando freqüente em algumas festas religiosas modernas. Era
muito grande o número de pessoas que faziam penitência, percorrendo
de joelhos o caminho que vai desde o fundo da praça até a capelinha
das aparições, totalizando cerca de 180 metros.
Na procissão, que transladava a imagem de Nossa Senhora da capelinha
das aparições ao altar monumental armado nas escadarias do Santuário,
as músicas eram as tradicionais, como “A treze de maio” e “Nossa
Senhora, Rainha de Portugal”, cantadas por todos com verdadeiro entusiasmo.
Por volta das 23:00 h,
depois da grande procissão de velas — um
espetáculo empolgante —, oferecemos os círios a Nossa Senhora
colocando-as diante de sua imagem localizada junto à capelinha das aparições,
e em seguida no local onde arderam todos as velas.
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