Campanha de difusão do livro A Revolução Quilombola


14/01/2008

Atilio Faoro

Realizada por Paz no Campo, da Associação dos Fundadores, essa campanha alerta para um perigo imediato e grave: prepara-se nos gabinetes de Brasília uma gigantesca Reforma Agrária paralela e racial.

O Brasil está inquieto. E não é para menos. Está-se planejando nos gabinetes de Brasília uma desapropriação gigantesca, equivalente à área do Estado de São Paulo. O perigo está assim configurado: uma ampla Reforma Agrária socialista, racial e confiscatória que atinge terras produtivas e improdutivas e promove um racismo baseado na oposição de grupos étnicos. Um fantasma que não existe no Brasil, país miscigenado harmonicamente.

O jornalista colaborador de Catolicismo, Nelson Ramos Barretto, ao participar do Fórum Empresarial do Agronegócio, em Brasília, ficou pasmo com os depoimentos dos proprietários, espoliados pelo INCRA em nome dos direitos dos chamados quilombolas. Visitou depois alguns lugares de conflito, entrevistou muitos envolvidos — uma dessas entrevistas, Catolicismo a publicou na edição de novembro último — e constatou que a Revolução Quilombola é um problema gravíssimo que, em última instância, pode jogar o País numa guerra fratricida.

Com farto material jornalístico e documental, Nelson Barretto escreveu o livro A Revolução Quilombola, já lançado em Bagé (RS), Londrina, Cascavel (PR), Chapecó (SC) e Uberaba (MG) (Vide Catolicismo, novembro/2007). E a difusão prossegue de norte a sul do País, como veremos mais abaixo.

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As desapropriações confiscatórias da Revolução Quilombola começaram a produzir reações dos proprietários que se sentiram espoliados. O que fez o governo federal? Continuou avançando e divulgou, no último dia 20 de novembro, a destinação de cerca de R$ 2 bilhões até 2011 para ações destinadas a implantar comunidades quilombolas.

O INCRA anunciou mais notificações no Espírito Santo e no Paraná. Na cidade paranaense de Curiúva, a população ficou alarmada com a ameaça do INCRA de desapropriar cerca de 60 pequenas propriedades no município. Por meio de uma medida administrativa, pode assim tornar caducas escrituras seculares.

Nesta marcha rumo a um conflito racial, soma-se o fato de que o governo federal está exercendo forte pressão para aprovar o “Estatuto da Igualdade Racial”, com o qual poderá gerar um perverso apartheid: os brasileiros serão obrigados a optar, por autodeclaração, entre ser negro ou branco. Tal Estatuto encontra-se em debate na Câmara, já tendo sido aprovado no Senado.

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Devido à gravidade do problema fundiário que se apresenta, a campanha de difusão do livro de Barreto se intensificou, como contra-ofensiva para desmascarar as esquerdas de vários níveis e matizes que insuflam a investida quilombola. A esquerda esperneou, mas não foi capaz, até o momento, de oferecer nenhuma resposta válida aos argumentos do livro. Os próprios negros estão rejeitando a classificação de quilombolas, com receio de voltar a sofrer uma espécie de escravidão, desta vez controlada pelo INCRA.

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A campanha Paz no Campo vem sendo desenvolvida em várias frentes. Seu alcance pode ser avaliado pela enumeração do trabalho já realizado:


Distribuição da edição de Catolicismo
Distribuição da edição de Catolicismo(setembro/2007), cuja matéria de capa foi dedicada à “Revolução Quilombola”;

Entrevista de Nelson Barretto na rede televisiva “Canal do Boi”, que tem cerca de 2 milhões de espectadores, sobretudo do Brasil rural, no dia 12 de outubro;

Difusão nas exposições agropecuárias de Bagé, Londrina, Cascavel, Chapecó e Uberaba, de um volante com o título “Campo e cidade em perigo”, convidando o público a adquirir a obra através da Internet;

Entrevistas de Nelson Barretto e publicações no “Jornal de Uberaba”, na “Folha de Londrina” e no diário “A Tarde”, de Salvador. Entrevista do autor na revista DBO, uma das maiores do Brasil dedicadas ao agronegócio;


Lançamento na Livraria Cultura de Brasília
Apresentações da obra em livrarias importantes de São Paulo (Saraiva), Brasília (Cultura) e Salvador (Civilização Brasileira); e na “Feira do Livro”, em Brasília;

Na internet, através do boletim eletrônico “Sem medo da verdade”, enviado para 20 mil simpatizantes da campanha “Paz no Campo” e para 380 redações de jornais de todo o País;

Junto a magistrados, tendo sido enviado o livro a mais de 230 juízes de tribunais federais e procuradores da União;




Na Livraria Cultura (Brasília) Dom Bertrand de Orleans e Bragança (2o da dir. para a esq.) diretor da campanha Paz no Campo
Junto a políticos, tendo sido distribuída a obra aos deputados da “Frente Parlamentar da Agricultura” e a deputados da bancada ruralista. Foi também distribuído aos deputados ligados ao agronegócio na Assembléia Legislativa da Bahia;

Campanhas públicas de difusão do volante “Campo e cidade em perigo”, pelo setor jovem da Associação dos Fundadores, em Itu e Brasília;

Distribuição de uma Declaração de Princípios da campanha Paz no Campo, intitulada “O Direito de Propriedade: valor sagrado e inegociável”, no Seminário sobre o direito de propriedade e o desenvolvimento econômico, dia 27 de novembro, organizado pela Comissão da Agricultura da Câmara;


Na Livraria Saraiva, em São Paulo
Participação, no dia 9 de novembro, da carreata “O Grito da Agricultura”, de São Mateus a Vitória (ES), organizada pelo Movimento Paz no Campo (o mesmo nome é simples coincidência) de São Mateus. Fernando César Cruz dos Santos, representante negro da campanha Paz no Campo, de São Paulo, fez uso da palavra na manifestação, encerrada diante da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo;

Campanha de e-mails ao deputado Valdir Colatto, apoiando seu projeto de lei (PDC 44/2007) que revoga o decreto quilombola de Lula. O deputado recebeu em poucas semanas cerca de 10 mil adesões.

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Fernando César Cruz dos Santos, representante negro da campanha Paz no Campo, de São Paulo, fez uso da palavra na manifestação...
Ameaças de distúrbios e de atos de vandalismo, guerra psicológica para intimidar os opositores, carência de argumentos para um debate sério e elevado. Não se trata do MST, das FARC ou do Sendero Luminoso, embora os métodos sejam característicos dessas organizações. Trata-se do movimento quilombola, que em Salvador (BA) tirou a máscara e mostrou sua face terrorista.

O coordenador da campanha Paz no Campo, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, fora convidado para lançar o livro “A Revolução Quilombola”, no dia 28 de novembro, no Parque de Exposições da Feira Nacional da Agropecuária (FENAGRO), na capital baiana.





...“O Grito da Agricultura”, de São Mateus a Vitória (ES)
Desde o dia 26 daquele mês, começaram a circular rumores de que elementos ligados ao movimento quilombola iriam desencadear atos de vandalismo contra as instalações do Parque de Exposições e contra as pessoas que comparecessem ao lançamento do livro no recinto da FENAGRO. Disseram ainda que haveria mortes, inclusive de crianças, atos de sabotagem e incêndios.


A diretoria da FENAGRO, alarmada com as ameaças, pediu insistentemente ao autor e à campanha Paz no Campo que cancelassem o lançamento no recinto da FENAGRO. Tendo em vista que o governo estadual omitiu-se em dar garantias para o lançamento — não custa relembrar que o evento ocorreria na Bahia, estado governado por um petista — Dom Bertrand de Orleans e Bragança decidiu suspender o evento. Em comunicado à opinião pública, estampado no dia 28 no jornal “A Tarde”, a campanha Paz no Campo informou detalhadamente os motivos do cancelamento (Vide fac-símile ao lado)

Veja:
http://www.catolicismo.com.br

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