Memorial Cubano
24/04/2008
Francisco José Saidl
Cerimônia, lembranças e orações pelas vítimas do regime comunista de Cuba, bem como por todos os demais cubanos ainda perseguidos por aquele cruel regime
É quase inacreditável, mas, transcorridas quase duas décadas desde a queda do Muro de Berlim, sobrevive um Gulag comunista nas Antilhas: a Cuba castrista.
Milhares de cubanos tentam evadir-se daquele “paraíso”, preferindo arriscar suas vidas a permanecer amordaçados. O triste episódio do menino Elián González, por exemplo, permanece vivo na memória de inúmeras pessoas.
Público presente na homenagem |
Com uma cerimônia denominada Memorial Cubano, no mês de fevereiro a comunidade cubana no exílio presta anualmente homenagem, na Flórida, às 10 mil vítimas do regime castrista. O evento dura três dias e atrai milhares de pessoas, muitas delas parentes das vítimas. Todos ali se reúnem para rezar não apenas por esses mortos, mas também por outros 100 mil cubanos perseguidos cruelmente pelo regime comunista e pelos 11 milhões que permanecem na ilha-prisão.
Cooperadores da TFP norte-americana deslocaram-se para a Flórida a fim de participarem dessa homenagem póstuma |
Cooperadores da TFP norte-americana deslocaram-se para a Flórida a fim de participarem dessa homenagem póstuma, portando uma imagem peregrina da Virgem de Fátima.
No Tamiami Park da Universidade Internacional da Flórida foram cuidadosamente colocadas 10 mil cruzes, representando cada uma das vítimas. Todas ostentavam nome ou foto, além de flores e a menção do local onde as vítimas foram assassinadas. Tal monumento constitui um símbolo da enorme perseguição movida contra aquele povo. Ainda como parte da solenidade, discursaram líderes cubanos exilados. Todos elevaram suas preces à Virgem da Caridad del Cobre, padroeira de Cuba, para que liberte o mais breve possível a infeliz nação do jugo marxista.
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Nessa ocasião, muitos católicos que ali se reuniram não imaginavam que, dentro de poucos dias, o Cardeal Bertonne, Secretário de Estado do Vaticano, de quem se esperava todo o apoio para fazer cessar aquele sofrimento de quase meio século, emprestasse seu prestígio ao lobo vermelho. Embora moribundo, este não perdeu sua voracidade. Dez mil vítimas, muitas das quais expiraram junto ao Paredón bradando Viva Cristo Rei!, infelizmente não receberam do ilustre purpurado nenhuma manifestação de solidariedade.
Veja:
http://www.catolicismo.com.br/
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