«Plus ça change, plus c´est la même chose
19/09/2005
Boletim Nascer é um direito
(Provérbio francês que quer dizer: quanto mais isto muda, tanto
mais é a mesma coisa)
Assim
agem os ativistas socialistas no que diz respeito ‘as suas propostas
contra a vida e ‘a família. Arrogando-se a donos da verdade, da
justiça e de tudo o que é bom na humanidade, arvoram-se em intérpretes
exclusivos do bem e do mal. Dentro de sua ótica, orientam sua ação
como a manhosa raposa de La Fontaine: o que não podem conseguir pela força,
tentam conseguir pela astúcia.
Empurrando a sociedade para o abismo do aborto
Assim é que diversas organizações contra a vida do nascituro,
empenham-se, regadas por farto financiamento vindo de fora do país,
em legalizar várias formas de aborto, que pelas leis brasileiras é crime.
E não desistem, conquistando o apoio de largos setores da mídia,
realizando fóruns e assembléias em que só é permitida
a presença dos que lhes são favoráveis, conquistando para
seu macabro plano o apoio de autoridades.
Assim foi que tiveram no ex-ministro
Humberto Costa um forte aliado, que colocou a máquina da saúde a serviço.
Como se sabe, a lei brasileira autoriza
o aborto em caso de estupro. E havia uma exigência de apresentação de Boletim de Ocorrência
policial nesses casos para que a mulher que se apresentasse para a realização
desse tipo de aborto no âmbito do Serviço Único de Saúde.
Pois bem, o ex-ministro, ‘as vésperas de sair do Ministério
da Saúde assinou uma portaria (nº 1.145 de 7 de julho de 2005),
na qual dispensava aquela exigência.
Ao assumir o novo ministro Saraiva
Felipe, revogou essa e outras portarias publicadas de afogadilho pelo ministro
anterior para melhor análise.
A esperança que despertou entre os que são contra o aborto,
viu-se frustrada neste 1 de setembro quando o novo ministro assinou nova portaria
(1.508 de 1 de setembro de 2005), igual ‘a anterior, apenas modificada
em alguns detalhes:
a. trocou o primeiro parágrafo de posição (agora é o
quarto);
b. substituiu
a palavra mulher por
gestante em alguns parágrafos;
c.
passou a exigir a autorização
de representante legal nos casos de gestante incapaz;
d.
impôs alguns modelos de
impressos;
e. revogou a portaria anterior;
f.
e, única novidade, enumerou a equipe multiprofissional que deve
ser composta, no mínimo por obstetra, anestesia, enfermeiro, assistente
social e/ou psicólogo. Antes três membros da equipe deveriam subscrever
o Termo de Aprovação. Agora precisam ser todos.
Trata-se, portanto a mesma portaria.
A interpretação
maliciosa
Entretanto os partidários do aborto logo comemoraram. Vejam a interpretação
apresentada pelos jornais Zero Hora e O Estado de São Paulo:
Zero Hora:
“ diferentemente do que ocorreu no início do ano, quando vários
setores não pouparam críticas ‘a dispensa do BO, a nova
portaria foi recebida com tranqüilidade tanto por médicos quanto
por advogados. A nova portaria foi editada a partir de um documento elaborado
por representantes de vários setores da sociedade a pedido do ministério”
O Estado de São Paulo:
“ diferentemente do que ocorreu no início do ano, quando vários
setores não pouparam críticas ‘a dispensa do BO, a nova
portaria foi recebida com tranqüilidade tanto por médicos quanto
por advogados. O professor de Direito César Bittencourt, da PUC do Rio
Grande do Sul, explica o que ocorreu: Parece que a ignorância diminuiu.
E o interesse em fazer tempestade em copo d´água também”
Ou seja, tudo ficou com antes! E
mais um passo foi dado rumo ao favorecimento e ‘a legalização
do aborto.
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