Crime sem castigo, regulamentado pelo Estado
01/12/2005
Boletim Nascer é um direito
É a nova moda abortista. Diante de uma iminente derrota na Comissão
de Seguridade Social e Família, da Câmara dos deputados, a deputada
comunista Jandira Feghali (PcdoB/RJ) inventa essa nova manobra.
Os fatos
A votação do projeto de lei 1135/91, que libera completamente
o aborto no Brasil, por qualquer motivo, desde a concepção até o
nascimento, durante todos os nove meses da gravidez, iniciou-se na Comissão
de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira,
dia 30 de novembro de 2005, às 11:00 da manhã.
Iniciada a sessão, que pelo número de assistentes foi transferida
para um plenário maior, foi dada a palavra à Deputada Jandira
Feghali que apresentou o projeto aos demais membros da Comissão.
Em seguida fizeram uso
da palavra os Deputados Mário Heringer (PDT-MG),
Osmânio Pereira (PTB-MG) e Elimar Máximo Damasceno (Prona-SP),
os quais apresentaram antecipadamente e por escrito seus votos e pareceres
contrários ao projeto. Vários outros deputados pediram a palavra
então , pronunciando-se contra o aborto, sem porém apresentarem
seus votos com exceção do Deputado Roberto Gouveia, que posicionou-se
a favor do aborto. O Deputado José Linhares encaminhou então
um pedido à presidência da mesa no sentido que se passasse imediatamente à votação
do projeto, sem justificação de voto. O pedido foi aceito e seguir-se-ia
a votação.
O ambiente geral da Comissão mostrava a iminência de uma ampla
vitória contra o aborto.
Manobra para evitar a derrota
Neste momento a Deputada
Jandira Feghali, relatora do projeto, tomou a palavra e afirmou que, tendo
em vista
as justificações apresentadas pelos
pareceres dos deputados Mário Heringer, Osmânio Pereira e Elimar
Damasceno, ela havia resolvido modificar o texto do projeto. Para tanto pedia
a suspensão da votação por uma semana, pedido imediatamente
aceito pela presidência da Comissão. Por conseguinte, o projeto
de lei não chegou a ser votado, o que, em princípio, deverá acontecer
na próxima quarta feira pela manhã, dia 7 de dezembro de 2005.
Quanto tudo parecia
favorável à aprovação
do aborto...
Até segunda feira passada, dia 28 de novembro, a impressão geral
era de que a maioria dos parlamentares iria votar a favor do projeto. Mas na
tarde da terça feira dia 29 de novembro, já na véspera
da votação, era possível constatar que a grande maioria
dos deputados considerados indecisos ou pelo menos de posicionamento desconhecido,
haviam decidido votar contra a aprovação do projeto.
Pesaram nessa reviravolta
as mais diversas manifestações provenientes
de todos os setores da sociedade brasileira e também do exterior. Entre
elas estão uma verdadeira enxurrada de e-mails, fax e telefonemas recebidos
pelos Deputados Federais provenientes do Brasil e de muitas partes do mundo
vindas de pessoas que estão acompanhando com grande preocupação
a posição dos Parlamentares brasileiros.
Crime sem castigo, regulamentado pelo Estado
Para evitar as objeções de alguns deputados e tentar conquistar
mais alguns votos, o projeto seria modificado pela Deputada Jandira Feghali
que é autora do projeto substitutivo, baseado nas sugestões da
Comissão Tripartite criada pelo governo federal para propor a descriminalização
do aborto. Trataria , o projeto modificado, exclusivamente da descriminalização
do aborto, deixando a regulamentação ao Ministério da
Saúde. Corresponderia o mesmo que descriminalizar o assassinato e deixar
ao Ministério da Justiça a assistência ao criminoso! Deixar
o crime sem castigo e entregar a regulamentação da criminalidade
aos órgãos executivos do Estado. Pode haver maior absurdo?
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