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MANÁGUA, 24 Out. 06 (ACI) .- O Presidente da Associação
Nicaragüense Pela Vida (ANPROVIDA), Rafael Cabrera Artola, apoiou a
eliminação do mal chamado aborto terapêutico do Código
Penal Nicaragüense porque sob essa figura os abortistas "procuram
suavizar o reconhecimento deste crime, afirmando falsamente que este pode
ser justificado para solucionar um problema médico". Cabrera
esclareceu que "com a eliminação do artigo 165 do Código
Penal vigente que data de 1891, poderá ser enviato que as organizações
abortistas acomodem a seus interesses e agendas econômicas a bandeira
do aborto terapêutico".
"O artigo que queremos eliminar foi manipulado constantemente, inclusive
afirmando falsamente que o aborto na Nicarágua está permitido
em caso de violação, enfermidade da mãe, má formação
do feto ou incesto. O que querem é abrir em termos pseudo legais uma
grande porta a este crime por diferentes razões; por problemas emocionais,
pelos maus tratos do marido, por problemas familiares, etc.", anotou.
Em relação às opiniões de algumas organizações
abortistas que afirmam que o país se veria em risco de um litígio
internacional se autorizar a reforma do Código Penal em matéria
de aborto, o médico esclareceu que a Nicarágua pôs reservas
durante sua participação na Conferência do Cairo (1994)
e a Conferência da Mulher de Pequim (1995) e que portanto nunca se
comprometeu a cumprir nenhuma ação que vá contra os
indefesos não nascidos.
Finalmente, o Presidente do ANPROVIDA
destacou que a capacidade humanista e científica da maioria de nicaragüenses, entre eles, o presidente
Enrique Bolaños e três candidatos presidenciais, impuseram-se
em uma discussão que terminará nesta quinta-feira 26 de outubro,
quando a Assembléia Nacional votar a reforma do Código Penal.