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BUENOS AIRES, 2006-11-16
(ACI).- Esta madrugada, a Câmara de Deputados
converteu em lei a adesão da Argentina ao Protocolo Facultativo da
Convenção sobre Eliminação de todas as Formas
de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), uma polêmica
norma que abriria as portas à legalização do aborto
no país. A votação foi de 116 votos favoráveis,
30 negativos e 3 abstenções.
Embora a maioria
dos deputados preferiu não falar, o congressista
de Força Republicana, Roberto Lix Klett, criticou abertamente o projeto,
denunciou a falta de tempo para fazer observações ao mesmo
e afirmou que "o protocolo introduz sorrateiramente o aborto na legislação
argentina".
O parlamentar assegurou
que a norma "é um golpe na sociedade" que
põe em "jogo a vida humana". A normativa, enviada ao Congresso
pelo Poder Executivo, já tinha sido aprovada no Senado.
Tanto os bispos quanto
as entidades civis pediram aos congressistas não
aprovar o mecanismo.
Ontem, a Universidade
Católica Argentina advertiu ao acessar as recomendações
da CEDAW se fará da Argentina um país dependente de ordens
internacionais contrárias a uma visão integral da mulher e
do valor da vida humana.
"Tal comitê induz claramente a propiciar e facilitar o aborto
na Argentina e inclusive vulnera a liberdade de consciência. Estas
recomendações evidenciam a vontade de uma legalização
do aborto voluntário em nosso país, violentando assim o direito à vida
que a Constituição Nacional e todo a ordem jurídica
reconhecem desde o momento da concepção", advertiu a universidade.