Não basta derrotar o aborto; a batalha precisa ir além
12/03/2007
Flávio Matihara
Essa é a convicção dos membros, correspondentes e simpatizantes
da TFP norte-americana que participaram da 34ª Marcha Anual contra o aborto,
que reuniu em Washington mais de 150 mil pessoas
Previamente à tradicional e célebre Marcha Pro-Life, ocorrida
neste ano a 22 de janeiro, a TFP americana organizou uma conferência
em seu Bureau de Washington. O palestrante, Sr. John Horvat, vice-presidente
da entidade, estimulou os participantes a não se contentarem com a derrota
da lei do aborto — lei assassina que já ceifou milhões
de vidas inocentes —, mas irem além no combate à Revolução
Cultural, da qual o aborto não é senão uma faceta.
Como resultado da persistência dos anti-abortistas — desde 1973,
quando a iníqua “lei de Herodes” foi incorporada pela Corte
Suprema, através da fatídica decisão Roe x Wade —,
o aborto nos EUA não tem feito senão regredir. Em muitos Estados
existe uma só clínica onde esse crime é praticado, enquanto
em 90% dos condados (regiões em que se dividem os estados) tais clínicas
simplesmente não existem. Nos lugares onde existem, estão fadadas
a paulatinamente desaparecer.
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Este ano, a impressionante manifestação popular contra o aborto
pareceu adensar-se ainda mais em relação aos anos anteriores,
não somente quanto ao entusiasmo, mas também quanto ao número:
mais de 150 mil pessoas. O dirigente da fanfarra Santos Coros Angélicos,
da TFP norte-americana,(foto 1) Gregory Escaro, comentou que nos anos anteriores,
ao cabo de cinco ou seis músicas, já haviam passado diante da
fanfarra todos os participantes da Marcha; este ano, contudo, já estavam
na nona execução, e continuava a passar gente!
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Fonte viva do que de mais contrário possa existir contra o aborto, é Nossa
Senhora, que deu à luz Aquele que disse de Si: “Eu sou o caminho,
a verdade e a vida”. Pois bem, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima,
cujas proféticas advertências na Cova da Iria cumprirão
90 anos em maio, esteve presente à manifestação, conduzida
num andor por membros da TFP norte-americana em trajes de gala.(foto
2) Aquela
imagem compendiava os melhores anseios de vitória dos que ali se encontravam;
vitória não só contra o aborto, mas contra todos os erros
cuja derrota Ela profetizou em Fátima, ao dizer: “Por fim, o meu
Imaculado Coração triunfará”.
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Ao lado das insígnias multicolores de diversos movimentos, destacavam-se
altaneiros seis grandes estandartes rubros da TFP norte-americana, tendo ao
centro o heráldico leão rompante dourado, a proclamar os ideais
perenes de que é símbolo.
Dentre os muitos religiosos
que participaram da Marcha Pro-Life, cumpre ressaltar a presença de S. Excia. Revma. D. Eugenijus Bartulis,(foto
3) Bispo
castrense da Lituânia, que viajou aos EUA especialmente para essa finalidade.
Havia ainda delegações da Alemanha, França, África
do Sul e Austrália, entre outros países, pois, sendo o aborto
uma plataforma que os próceres da Revolução Cultural querem
levar adiante em nível mundial, cumpre ser combatido também nesse
mesmo nível.
Dentre os representantes
brasileiros, destacou-se S.A.I.R. Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que apesar de sua apertada agenda nos EUA, não
poderia furtar-se ao que é dever de um príncipe: estar sempre
presente na linha de frente.
Veja:
http://www.catolicismo.com.br/
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