Acción Familia impugna a presença de Raul Castro no Chile


26/02/2013

 A associaçãochilena Acción Familia dirigiu ao ministro das Relações Exteriores do Chile, Sr. Alfredo Moreno, uma carta de protesto contra a visita do chefe da tirania cubana, Raul Castro, àquele país andino. Diz a missiva:

“Como é de seu conhecimento, no próximo dia 26 chegará ao Chile Raul Castro, sucessor de seu irmão Fidel na sinistra ditadura comunista que se prolonga por mais de meio século em Cuba. O motivo da visita será a transferência da Presidência Pro Tempore da Comunidade de Nações da América Latina e do Caribe (CELAC), a qual recairá em Castro para o próximo período. A soma de contradições nessa cerimônia de transferência será de tal envergadura que não se compreende como o governo chileno pode prestar-se a esta tragicomédia vergonhosa.

“Em primeiro lugar, o cargo de Chefe de Estado ostentado por Castro carece de qualquer legitimidade, não somente pelo fato de ele ter sido designado pelo Partido Comunista Cubano, único partido existente na Ilha, mas também por ser um regime que se mantém por meio de uma repressão brutal e por uma população lânguida, esmagada e famélica.


“Finalmente, em sua última visita ao Chile, em 1966, Fidel Castro assinou a declaração final dos Chefes de Estado aqui reunidos, a qual sustentava a ‘convicção de que a independência de poderes, seu mútuo controle, a adequada representação e participação de maiorias e minorias, as liberdades de expressão, associação e reunião, o pleno acesso à informação, as eleições livres periódicas e transparentes dos governantes, constituem elementos essenciais da democracia’.(2) De tais declarações e compromissos nada cumpriram os nefastos ditadores Castro e, portanto, não se pode esperar que venham a cumprir a partir desta próxima comédia”.“Em segundo lugar, Raul Castro vem tomar posse como presidente de um organismo que, em sua declaração oficial, estipula ‘promover o pleno respeito dos direitos humanos dos migrantes e de suas famílias, nos países de origem, trânsito e destino, independente de sua condição migratória’.(1) Precisamente nestes dias, Castro negou o direito de sair de Cuba à Srta. Rosa Maria Payá, filha do dissidente Sr. Oswaldo Payá, morto recentemente num acidente de origem obscura.

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Como conclusão, Acción Familia(3) manifesta ao governo do Chile seu repúdio mais enérgico pela presença de Raul Castro, e faz votos para que Nossa Senhora da Caridade do Cobre, Padroeira da desditada nação cubana, apresse o dia de sua libertação, para que as famílias cubanas possam viver com dignidade e educar cristãmente seus filhos.

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Notas:

1. Declaração de Cancún, México, 23 de fevereiro de 2010.

2. “Gobernabilidad para una Democracia Eficiente y Participativa”, VI Cúpula Iberoamericana, Santiago do Chile e Viña del Mar, 13 y 14 de novembro de 1996.

3. http://www.accionfamilia.org/

Veja:
Revista Catolicismo

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