Auto-retrato filosófico de Plinio Corrêa de Oliveira
22/07/2004
Plinio Correa de Oliveira
Na Parte IV analiso
o Projeto de Constituição que então subia para debate em Plenário, e mostro
como se estava dando um grande passo rumo à socialização integral do Brasil,
notadamente no que concerne à desagregação da família e ao minguamento da
propriedade particular.
O livro termina
com uma proposta concreta: em primeiro lugar, votar-se-ia uma Constituição
sobre a organização política, a respeito da qual facilmente se pode chegar
a um consenso nas condições atuais da opinião pública brasileira. Aprovada
essa parte pelos constituintes, seria submetida a um referendum popular. Numa segunda etapa, após amplo trabalho de esclarecimento
da população sobre as matérias de natureza sócio-econômica, a respeito das
quais há uma profunda divisão, elaborar-se-ia um complemento, o qual também
seria submetido a referendum . Isto importaria em dar à população
a maior largueza possível de expressão, e a Constituinte, em pontos tão delicados,
elevar-se-ia ao nobre papel de interrogar o povo para conhecer sua vontade.
Sócios e cooperadores
da TFP consagraram-se, durante cinco meses, a difundir a obra por mais de
240 cidades de 18 Unidades da Federação, fazendo escoar os 73 mil exemplares
editados.
Ressalte-se a
média-recorde de 1.083 exemplares diários vendidos durante os dezenove dias
de difusão intensiva na Grande São Paulo.
Finalmente, esboçou-se
uma certa reação dos elementos mais conservadores no seio da Constituinte;
porém faltavam-lhes o ímpeto e a determinação necessários para reverter o
processo descrito no livro. E o Brasil foi presenteado com
uma Constituição que criaria em seguida toda espécie de embaraços para a
governabilidade do País.
Nobreza
e elites tradicionais análogas nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza
romana
Um dos aspectos
mais graves da presente crise brasileira tem como causa profunda o processo
de deperecimento gradual de nossas elites.
Desde fins do
século XIX, esse fenômeno se vem produzindo com crescente intensidade, sem
que nosso otimismo brasileiro, despreocupado e bonacheirão, tenha dado ao
fato a devida atenção. E isto nos conduziu a este terrível fim de século.
Em qualquer campo
de atividade onde se queiram reintroduzir a honradez, a competência e a ordem,
não faltam sugestões inteligentes a pôr em prática. Mas a grande questão
que surge desde logo é a da constituição, para cada plano, de uma equipe
moral e intelectualmente capaz. Inteligências muitas das quais até insignes não
nos faltam. Infelizmente nossa maior carência é no campo moral, e a todo
momento nos encontramos diante desta embaraçosa constatação.
E por que não
temos tais equipes? Porque não temos as necessárias elites. Onde há elites
moral e intelectualmente capazes, os homens idôneos por sua competência e
por sua moralidade não faltam. Onde não há elites, os homens de real valor
são raros, pouco conhecidos e condenados a vegetar anônimos na multidão dos
medíocres ou dos gatunos.
O memorável Pontífice
Pio XII (1939-1958) previu provavelmente que, mais cedo ou mais tarde, as
condições morais do mundo moderno levariam a essa situação quase todos os
países. O que lançaria a humanidade em uma crise onímoda de imprevisíveis
conseqüências. Assim é que ele pronunciou, em seu pontificado, catorze importantíssimas
alocuções, as quais contêm um apelo a que fossem preservados cuidadosamente,
nos países com tradição nobiliárquica, as aristocracias respectivas. E que,
ao mesmo tempo, as elites novas, originadas do trabalho exercido no campo
da cultura, como no da produção, encontrassem condições propícias para constituírem
elites autênticas, congêneres com a nobreza por sua formação moral e cultural,
como por sua capacidade de mando. Caber-lhes-ia formar, à maneira da nobreza,
verdadeiras elites capazes de originar homens de escol nos mais variados
campos.
No Brasil, o apelo
de Pio XII quase não teve repercussão. Teve-a escassa em outros países. E,
assim, a falta de elites, que para nós era um problema trágico, para outras
nações constitui problema sério a que cumpre dar remédio urgente.
Visando contribuir
para a solução desse magno problema, escrevi o livro Nobreza e elites
tradicionais análogas nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza
romana, que analisa as condições do mundo contemporâneo à luz das catorze
alocuções de Pioÿ20XII.
A primeira edição
desta obra em idioma português foi confiada à notável Editora Civilização,
de Portugal, e veio a lume em abril de 1993. Traduzida para o castelhano,
a obra foi divulgada na Espanha pela Editora Fernando III El Santo. Essa
edição cobriu não só o território espanhol, como o das nações hispano-americanas.
Nos Estados Unidos,
a obra foi publicada pela importante editora Hamilton Press, e teve seu lançamento
oficial no prestigioso Mayflower Hotel de Washington, em setembro de 1993.
Na ocasião, diante de um público de 850 convidados, entre os quais a Arquiduquesa
Mônica da Áustria e o Duque de Maqueda, Grande de Espanha, discursaram personalidades
de alto relevo na vida pública norte-americana.
Na França, publicado
pela Editora Albatros, o livro vem encontrando larga aceitação em amplos
setores daquele país.
Na Itália, a obra
foi publicada pela Editora Marzorati, e apresentada no Congresso da Nobreza
Européia, realizado em Milão em outubro de 1993, como também numa concorrida
sessão de lançamento oficial no Circolo della Stampa, Palácio Seberlloni,
daquela cidade.
O lançamento em
Roma ocorreu no histórico palácio da Princesa Elvina Pallavicini, com a presença
do Cardeal Alfons Stickler, de Mons. Cândido Alvim Pereira, Arcebispo emérito
de Lourenço Marques, do Arquiduque Martin da Áustria, de príncipes, princesas
e inúmeros outros membros da mais alta aristocracia italiana.
Nesses diversos
atos, a obra foi, além de acuradamente analisada, também vivamente elogiada
pelos distintos conferencistas que se sucederam no decurso das sessões então
realizadas.
Na imprensa romana,
a repercussão desse lançamento foi das mais vivas. Os principais quotidianos
noticiaram com grande destaque o evento, o qual chegou a ser apresentado
(Il Tempo, 31-10-93) como os estados gerais da aristocracia
negra (assim é designada a parte mais tradicional da nobreza romana,
a qual, solidária com a Santa Sé, se recusou a reconhecer a anexação forçada
dos Estados Pontifícios à Itália).
Importa consignar
aqui essas excelentes repercussões da obra, para mostrar a atualidade do
tema nela tratado. Pois o mero enunciado do título dela poderia parecer,
a várias pessoas, como de interesse unicamente histórico.
De sua perfeita
consonância com o ensinamento pontifício dão testemunho calorosas cartas
de apoio dos Emmos. Cardeais Silvio Oddi, Luigi Ciappi, Alfons M. Stickler
e Bernardino Echeverría, e de teólogos de fama mundial, como os padres Raimondo
Spiazzi OP, Victorino Rodríguez OP, e Anastasio Gutiérrez CMF.
Estudos,
análises e pronunciamentos públicos
Minha atuação
doutrinária desenvolve-se também por meio de pronunciamentos publicados pela
imprensa, TV e rádio, sobre as questões mais candentes, ou pelo envio às
autoridades, de estudos e análises sobre temas de atualidade. Essa ação,
exerço-a por vezes em nome pessoal, porém mais freqüentemente em nome do
Conselho Nacional da TFP, que tenho a honra de presidir. Cito alguns exemplos.
Em dezembro
de 1970 publiquei na imprensa diária um longo documento, essencialmente doutrinário,
intitulado Análise, defesa e pedido de diálogo , defendendo a TFP
dos ataques que lhe fazia o então Primaz do Brasil e Arcebispo de Salvador,
Cardeal D. Eugênio Sales, e ressaltando as afinidades ideológicas deste com
o Arcebispo emérito de Recife, D. Helder Câmara, no que se refere ao esquerdismo.
- Em 1972 enviei
ao então Ministro da Justiça, Prof. Alfredo Buzaid, uma análise sobre o anteprojeto
de Código Civil, no qual apontava uma tendência genérica ao relaxamento dos
vínculos constitutivos da família e um injustificável preconceito contra
a condição de proprietário, em benefício de uma concepção coletivista da
sociedade humana.
- Em abril de
1974, tendo chegado a seu auge a Ostpolitik vaticana,
trazendo como conseqüência enorme perturbação de consciência para a maioria
anticomunista de católicos, vi-me levado pelas circunstâncias a elaborar
um documento vasado na linguagem mais reverente em que demonstro,
com base na doutrina católica, a liceidade da resistência à détente com o comunismo, então promovida pelo Vaticano.
Esse documento, intitulado A política de distensão do Vaticano com os
governos comunistas Para a TFP: omitir-se? ou resistir? , foi
largamente difundido pela imprensa nacional e internacional[*].
[*] O documento verdadeiro
manifesto foi publicado em 57 diários de onze países: no Brasil, em
36 jornais dos mais diversos pontos do País; na Argentina em La Nación,
de Buenos Aires, e La Voz del Interior, de Córdoba; no Chile
em La Tercera, de Santiago, El Sur, de Concepción, El
Diario Austral, de Temuco, La Prensa, de Osorno; no Uruguai
em El País, de Montevidéu; na Bolívia em El Diario,
de La Paz; no Equador em El Comercio, de Quito; na Colômbia em El
Tiempo e El Espectador, de Bogotá; na Venezuela em El
Universal, El Nacional, Ultimas Noticias, El
Mundo e 2001, de Caracas; nos Estados Unidos em The
National Educator, de Fullerton, California; no Canadá em Speek
Up, de Toronto; na Espanha em Hoja del Lunes e Fuerza
Nueva, de Madrid e Región, de Oviedo . Divulgaram-na, também,
além de Catolicismo , os jornais e revistas das diversas TFPs e entidades
afins: Tradición, Familia, Propiedad, da Argentina; Fiducia,
do Chile; Cristiandad, da Bolívia; Reconquista, do
Equador; Cruzada, da Colômbia; Covadonga, da Venezuela
e Crusade for a Christian Civilization, dos Estados Unidos.
- Em fevereiro
de 1990, diante da espetacular derrubada do muro de Berlim e da cortina de
ferro, e dos abalos políticos que se sucediam nos diversos países do bloco
comunista, redigi o manifesto intitulado Comunismo e anticomunismo na
orla da última década deste milênio , em que analiso o Descontentamento
(assim grafado com inicial maiúscula) que lavrava naquelas nações e que logo
depois teria como resultado o esfacelamento do império soviético. O manifesto
foi publicado pelas diversas TFPs em 21 jornais de oito países da América
e da Europa.
O
verdadeiro pensador deve ser também um observador da realidade palpável
de todos os dias
Como jornalista,
comecei minha carreira no Legionário, então expressão do pensamento
da Congregação Mariana da paróquia de Santa Cecília, e mais tarde órgão oficioso
da Arquidiocese de São Paulo. Algo já disse sobre minha atuação à frente
desse periódico, do qual fui diretor de 1933 a 1947.
Em 1951, com a
maior parte dos antigos colaboradores do Legionário, comecei
a escrever no mensário Catolicismo , que então se fundava, e o qual
continua a ser publicado com crescente pujança. Catolicismo tem
uma tiragem média que atinge 15 mil exemplares, além de edições especiais
de várias dezenas de milhares.
Foi também em Catolicismo que criei e mantive, durante vários anos,
a seção Ambientes, Costumes, Civilizações , por muitos apontada como
a expressão rica e original de uma escola de produção intelectual. Essa seção
constava da análise comparativa de aspectos do presente e do passado, tendo
por objeto monumentos históricos, fisionomias características, obras de arte
ou de artesanato, apresentados ao leitor através de fotos. Tal análise, feita à luz
dos princípios que explicitei em Revolução e Contra-Revolução , tinha
por meta mostrar que a vida de todos os dias, em seus aspectos-ápices ou
triviais, é suscetível de ser penetrada pelos mais altos princípios da Filosofia
e da Religião. E não só penetrada, mas também utilizada como meio adequado
para afirmar ou então negar de modo implícito, é verdade, mas insinuante
e atuante tais princípios. De tal forma que, freqüentemente, as almas
são modeladas muito mais pelos princípios vivos que
pervadem e embebem os ambientes, os costumes e as civilizações, do que pelas
teorias por vezes estereotipadas e até mumificadas, produzidas à revelia
da realidade, em algum isolado gabinete de trabalho ou postas em letargo
em alguma biblioteca empoeirada. De onde a tese de Ambientes, Costumes,
Civilizações consistir em que
o verdadeiro pensador também deve ser normalmente um observador analista
da realidade concreta e palpável de todos os dias. Se católico, esse pensador
tem ademais o dever de procurar modificar essa mesma realidade, nos pontos
em que ela contradiga a doutrina católica.
De 1968 a 1990
colaborei como articulista assíduo na Folha de S. Paulo, analisando
problemas da atualidade brasileira e mundial sob o ângulo doutrinário. Com
freqüência que se tornou habitual, meus artigos são reproduzidos em jornais
norte-americanos e latino-americanos.
O
caráter tradicionalista de uma corrente de pensamento não lhe tira a visão
da realidade
Em meus livros
e artigos, denunciei amplamente o grande desgaste do comunismo marxista e
sua incapacidade de empolgar as multidões e conquistar o poder, e, conseqüentemente,
a necessidade em que ele se encontrou, para dar curso à Revolução encalhada,
de recorrer com eficiência aos ardis da guerra psicológica revolucionária.
Acontecimentos
posteriores patentearam tragicamente, diante do mundo estupefato, a procedência
de minhas afirmações sobre o impressionante desgaste do chamado comunismo
ortodoxo. Acentuo o fato para mostrar que o caráter tradicionalista de uma
corrente de pensamento não lhe tira a visão da realidade. Pelo contrário,
nenhuma análise lúcida do presente pode prescindir da tradição que o impregna,
e em função da qual a favor ou contra se estrutura o porvir.
Empreguei intencionalmente
a expressão corrente de pensamento . Creio que, mais ainda do que
em meus livros e na minha atuação como professor universitário e jornalista,
encontro a imagem de meu pensamento e o fruto de meu trabalho doutrinário
em um grupo de estudos e de ação, que se constituiu inicialmente em torno
do Legionário, e em seguida de Catolicismo . Fosse este
grupo socialista ou comunista, e as tubas da propaganda já teriam levado
seu nome ao conhecimento do mais largo público, tal a inteligência, a cultura,
a lucidez de observação que distinguem meus nobres companheiros. Preferiram
eles, entretanto, aceitar desinteressadamente as conseqüências da campanha
de silêncio que tenta abafar implacavelmente, em nossos dias de pretensa
liberdade, a voz de quantos cantam fora do coro da Revolução universal.
Destaco aqui o
nome daqueles que a Providência já chamou a si: pelo brilho de sua colaboração
no Legionário e em Catolicismo , o vigoroso polemista
que foi o engenheiro José de Azeredo Santos; o professor universitário Fernando
Furquim de Almeida, autor de estudos históricos de alto mérito; o advogado,
escritor e redator exímio, José Carlos Castilho de Andrade, sob cujas mãos
os artigos e textos de Catolicismo alcançavam um brilho e uma correção inexcedíveis.
Foi ainda uma emanação dessa corrente de pensamento o livro penetrante, ao
qual já me referi, de Fábio Vidigal Xavier da Silveira, Frei, o Kerensky
chileno , qualificado de profético por observadores políticos
chilenos.
TFP:
os valores essenciais da civilização cristã despertam entusiasmo e dedicação
incontáveis
O mencionado núcleo
de homens de estudo e de ação constituiu o pugilo inicial da Sociedade Brasileira
de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Essa Sociedade é não só um
precioso instrumento de difusão de todas as obras aqui referidas, mas também
uma pública afirmação de que na juventude de hoje a tradição, a família e
a propriedade, valores essenciais da civilização cristã, são capazes de despertar
entusiasmo e dedicação sem limites.
Nos cursos, nas
pensões, nas sedes que a TFP mantém em cerca de trinta cidades dos mais diversos
Estados da Federação, a grande maioria dos freqüentadores são jovens que
se transformam em cooperadores abnegados e fervorosos. Ultrapassam eles,
em nosso País, a cifra de 1.200.
Os jovens cooperadores
da TFP são provenientes de famílias das mais variadas classes sociais, desde
representantes da antiga nobreza imperial, da velha aristocracia rural da
I República e dos novos capitalistas do mundo industrial e bancário da II
República, até famílias de trabalhadores manuais, passando por toda a gama
dos estratos sociais intermediários.
A TFP conta também
com a colaboração de correspondentes-esclarecedores , isto é, pessoas
que, permanecendo extrínsecas ao quadro social, dão solidariedade irrestrita
aos princípios e aos métodos desta Sociedade, e empregam o tempo que lhes
deixe livres o cumprimento de seus deveres familiares e profissionais, na
propaganda da TFP, de suas doutrinas e ideais.
Graças ao trabalho
desinteressado e elevadamente idealista dos cooperadores da TFP e, na medida
de suas possibilidades, dos correspondentes da mesma, a entidade tem podido
empreender uma série de campanhas, cuja narração entra a propósito aqui,
porque são reflexo do pensamento a que dediquei minha vida:
Em
1966, o Governo Castelo Branco apresentou um projeto de Código Civil divorcista.
Mantendo na rua, durante cinqüenta dias, uma média de quatrocentos coletores
de assinaturas, foi possível à TFP reunir 1.042.359 firmas contrárias ao
divórcio. O Governo retirou o projeto.
Em 1968,
a TFP realizou em todo o Brasil uma campanha de coleta de assinaturas, desta
vez pedindo a Paulo VI medidas contra a infiltração esquerdista em meios
católicos. O fato detonador da campanha foi o tristemente célebre documento
Comblin , no qual o sacerdote belga Joseph Comblin, acobertado em Recife
por D. Helder Câmara, pregava reformas escandalosamente subversivas. Nessa
ocasião, 1.600.368 brasileiros subscreveram, em apenas 58 dias, o abaixo-assinado.
As TFPs da Argentina, Chile e Uruguai resolveram fazer análoga campanha face
a problemas surgidos nos seus respectivos países, o que resultou no envio
a Paulo VI de um total de 2.025.201 assinaturas.
Já no ano
seguinte tratou-se da difusão de um número especial de Catolicismo ,
denunciando os chamados grupos proféticos e o IDO-C, organismos
enquistados na Igreja para corroê-la internamente, e levá-la depois a jogar-se
na subversão. Nessa ocasião, dezenove caravanas de jovens propagandistas
percorreram, em 70 dias, 514 cidades (em vinte Estados) de nosso território.
Foram então vendidos 165 mil exemplares de Catolicismo . Foi nessa
campanha que, pela primeira vez, por iniciativa minha, a TFP lançou, para
uso dos seus cooperadores, a capa rubra ostentando o leão áureo, hoje tão
conhecida. Juntamente com o estandarte, as capas têm marcado, de lá para
cá, não só a fisionomia da TFP, mas por ocasião das campanhas da entidade a
própria paisagem das cidades brasileiras.
Cinqüenta
cidades de nosso País assistiram, em 1970, à campanha de divulgação, feita
pela TFP, de um artigo-manifesto que redigi, intitulado Toda a verdade
sobre as eleições no Chile . Contribuiu ele sensivelmente para anular
o mau efeito que a propaganda comunista procurava produzir no Brasil, quando
da eleição do socialo-comunista Allende para Presidente da República andina.
Foram distribuídos na ocasião 550 mil exemplares desse manifesto, além da
venda, em larga escala, de Frei, o Kerensky chileno .
Páginas: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
|