Auto-retrato filosófico de Plinio Corrêa de Oliveira
22/07/2004
Plinio Correa de Oliveira
Excertos da nota introdutória extraída da
revista “Catolicismo” (outubro de 1996)
[...]Trata-se do “Auto-retrato filosófico” que Plinio
Corrêa de Oliveira preparou, numa versão inicial em 1976, a pedido do
Pe. Stanislas Ladusäns S.J. Tal documento foi elaborado para ser incluído
na Enciclopédia do Pensamento Filosófico Brasileiro, em vários volumes,
que esse sacerdote jesuíta pretendia publicar.
Em
1989, o mesmo Pe. Ladusäns solicitou a Plinio Corrêa de Oliveira atualizar
seu “auto-retrato filosófico”, pois o primeiro volume da enciclopédia
já se encontravano
prelo quando ele recebera a primeira versão.
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Absorvido
por numerosos outros trabalhos, o Fundador da TFP brasileira não pôde
fazer a dita atualização em vida do referido sacerdote, que faleceu
em 1993.
Entretanto,
estando em preparação, desde 1994, a coletânea de todos os escritos do
ilustre pensador católico, em vista da publicação de sua Opera omnia
, os responsáveis pela edição solicitaram ao autor que procedesse à desejada
atualização de seu retrato filosófico, o que felizmente ocorreu em fins
daquele ano.
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Auto-retrato
filosófico
O
sorriso dos céticos jamais conseguiu
deter a marcha vitoriosa dos que têm Fé
Sou
tomista convicto [*]. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a
Filosofia da História. Em função desta encontro o ponto de junção entre
os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha
vida: o estudo e a ação.
Esta última,
eu a tenho exercido num campo muito definido: a difusão doutrinária, feita ora
com o caráter de diálogo, ora — por mais que a noção e a palavra pareçam
anacrônicas, sinto todo o desembaraço ao fazer o presente depoimento — também
de polêmica.
O
ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido
de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução .
As
grandes transformações históricas resultam da atitude do espírito humano
perante a Religião e a Filosofia
Um
dos pressupostos desse ensaio é que, ao contrário do que pretendem tantos
filósofos e sociólogos, o curso da História não é traçado exclusiva ou
preponderantemente pelas injunções da matéria sobre o homem. Estas influem,
sem dúvida, no agir humano. Mas a direção da História pertence ao homem,
dotado que é de uma alma racional e livre. Em outros termos, é ele que,
atuando ora mais profundamente, ora menos, sobre as circunstâncias em que
se encontra, e recebendo também, em medida variável, as influências destas,
comunica aos acontecimentos o seu curso.
Ora,
o agir do homem se faz normalmente em função de suas concepções sobre o
universo, sobre si mesmo e sobre a vida. Isto importa em dizer que as doutrinas
religiosas e filosóficas dominam a História, e que o núcleo mais dinâmico
dos fatores de que resultam as grandes transformações históricas está nas
sucessivas atitudes do espírito humano perante a Religião e a Filosofia.(
[*] Nota da redação — E’ compreensível
que o insigne pensador e líder católico comece seu auto-retrato filosófico
declarando-se convicto seguidor de Santo Tomás de Aquino.
Na esteira dos elogios que vários antecessores seus no Sólio pontifício teceram àquele
luzeiro da Teologia e Filosofia, São Pio V proclamou-o Doutor da Igreja Universal,
afirmando que sua doutrina é “regra certíssima de nossa fé”.
No Concílio de Trento, a Suma Teológica do Doctor Communis (Doutor Comum) “mereceu a honra singularíssima
de ser colocada sobre o altar junto com a Bíblia”.
Leão XIII cognominou-o “Príncipe dos Filósofos” e São Pio X declarou
que a doutrina tomista “é íntegra, incorrupta, fonte inesgotável em todo
o gênero de ciência".
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